Numa ação de campanha no Hospital Garcia de Orta, em Setúbal, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, foi questionada sobre a posição do partido relativamente à imposição de sanções a Israel, depois de, na terça-feira, Telavive ter ameaçado entrar "com toda a força" na Faixa de Gaza.
A líder do Pessoas-Animais-Natureza defendeu a imposição de sanções económicas ao Estado de Israel e pediu um "maior esforço para que haja a reposição da paz", acrescentando que se vive atualmente na Faixa de Gaza um "drama humanitário que diz respeito a todos" e sobre o qual, no seu entender, a comunidade internacional não tem dado a resposta necessária.
Inês de Sousa Real afirmou que a comunidade internacional não pode aliar-se com quem "não respeita os direitos humanos" como Netanyahu e Putin, sublinhando que na Palestina se têm visto "crianças a morrerem à fome" e violação de mulheres como "arma de guerra".
A porta-voz do PAN considerou que o próximo Governo, "para lá de qualquer tipo de estratégia geopolítica", deve ser "aliado dos direitos humanos" e, em colaboração com os parceiros europeus, reconhecer o Estado da Palestina e aumentar os esforços para repor a paz em Gaza e noutros pontos do mundo com conflitos.
Inês de Sousa Real criticou também a "negação de ajuda humanitária ao fecharem-se os corredores humanitários" em Gaza, pedindo maior ação internacional para obrigar à reabertura dos canais de ajuda humanitária na Palestina.
Após uma reunião com o conselho de administração do Hospital Garcia de Orta, a líder do PAN lamentou a falta de capacidade de resposta dos hospitais da região na saúde materno-infantil, pedindo que se "pense de uma forma mais coletiva nas capacidades de resposta e também de valorização e otimização de recursos".
Defendeu também respostas para as pessoas que não recebem alta hospitalar "por razões sociais", apelando ao Governo que, em conjunto com os hospitais e as autarquias, apresentem "respostas de apoio de saúde domiciliária".
Inês de Sousa Real considerou fundamental que os hospitais do distrito de Setúbal trabalhem em rede "quando não existem recursos suficientes" e pediu uma maior aposta na prevenção nos cuidados de saúde primários de obstetrícia de forma a evitar imprevistos ou casos de risco.
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