Carvalho da Silva apela ao voto na CDU e critica PS

O antigo secretário-geral da CGTP e ex-militante do PCP Manuel Carvalho da Silva apelou hoje ao voto na CDU, para que depois não se diga "que falta fazia o Partido Comunista" e criticou o PS que o "já era ontem".

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Lusa
14/05/2025 20:11 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Legislativas

Num vídeo enviado à comunicação social e que será partilhado nas redes sociais e na página da CDU, Manuel Carvalho da Silva, em conversa com o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse que é "preciso mesmo votar" no Partido Comunista "para que, depois de 18 de maio e nos tempos que aí vêm, que são complicados, não se diga que falta fazia" aquele partido.

 

Para Carvalho da Silva, "é preciso agir com o voto, pelo voto", apesar de os tempos não serem "propícios à passagem de uma série de mensagens".

Criticando as mensagens com ideias "pretensamente simplificadas" -- "mensagens de vazio" -, o antigo líder daquela central sindical recordou o 'slogan' do PS para estas legislativas: "O futuro é já".

"Isso não é nada. É preciso dar-lhe conteúdo. O já era ontem", afirmou, vincando que é preciso que se fale do futuro, mas "que se fale do futuro com conteúdos".

Sobre a AD e o pedido para deixar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, trabalhar, Carvalho da Silva disse que sabe como o Governo trabalha, acusando o executivo de não cumprir compromissos, como no caso da greve da CP, e de provocar uma "situação de instabilidade para atingir direitos dos trabalhadores".

"Essas provocações vão aumentar", alertou o antigo dirigente sindical que saiu do PCP em 2013.

Pegando naquilo que considera ser a "hipocrisia" do Chega, o antigo militante recordou que "há outras forças políticas que também têm essa disfunção" e que funcionam com "uma agenda encoberta".

"Da parte do PSD, quer em relação à saúde, quer em relação à escola, quer em relação ao trabalho, há muito gato escondido com rabo de fora", disse.

Depois de Paulo Raimundo considerar que também "há gato" na Segurança Social, Carvalho da Silva afirmou que Portugal "é um país de cultura da esmola".

"O que o PSD e não só vem fazendo -- aliás o PS também ensaiou e depois foi travada uma medida há três anos que pretendia o mesmo objetivo -- que é transformar as prestações sociais em esmolas. Dão quando lhes interessa na agenda o direito à reforma", notou.

Sobre as mudanças geopolíticas, numa altura de conflitos, Carvalho da Silva disse que o PCP "aparece com a posição mais sustentada e mais coerente".

O antigo líder da CGTP afirmou que "tentaram acantonar o Partido Comunista num beco estreito", admitindo que possa ter havido "erros pontuais de abordagem dos problemas".

"Mas hoje é preciso entender o mundo de outra forma. Nós estamos mesmo perante enormes mudanças estruturais, geopolíticas, geoestratégicas e a nossa juventude tem que ser desperta para isto. Vai viver num mundo diferente. Vai viver num mundo diferente. E repetir o disco das receitas do belicismo e de outros caminhos e de aperto às condições de vida das populações não dá", disse.

Carvalho da Silva, que tinha saído do PCP em 2013, também tinha marcado presença na campanha das legislativas de 2024, numa arruada da CDU, já com Paulo Raimundo à frente do partido.

Leia Também: AO MINUTO: Gouveia e Melo quer ser "foco"; "Falar sobre Legislativas"

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