"Se for para fazermos um bom Governo, IL será aliada. Se for medíocre..."

O ex-líder da IL Carlos Guimarães Pinto referiu hoje que o seu partido será um aliado se o Governo for bom, mas será alternativa se for medíocre, afirmando não estar disponível para "repetir fórmulas estafadas dos últimos 30 anos".

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Lusa
15/05/2025 20:57 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Legislativas

Num discurso num arraial organizado pela IL no Porto, Carlos Guimarães Pinto disse não querer "fugir ao assunto da governação" e defendeu que o seu partido é transparente sobre essa matéria.

 

"Se for para fazermos um bom Governo, seremos aliados", disse, advertindo, contudo, que não se pode esquecer que "o país não acaba nem amanhã, nem no final da próxima legislatura".

"Se tivermos um Governo medíocre, sabemos que, a seguir a um Governo medíocre, os portugueses quererão uma alternativa. E nós temos a responsabilidade de não fazer parte de um Governo medíocre", disse.

Para Carlos Guimarães Pinto, a IL tem a responsabilidade de garantir que "não permitir que as únicas alternativas a um Governo medíocre venham a ser os socialistas de esquerda ou os nacional-socialistas da direita", numa alusão, neste último ponto, ao Chega.

"Por isso, se quiserem um bom Governo, ambicioso, estaremos cá para dar o nosso contributo. Mas, se quiserem um Governo medíocre, a repetir as fórmulas estafadas dos últimos 30 anos, seremos a alternativa preparada para substituir esse Governo medíocre quando essas fórmulas falharem como falharam antes", disse.

O também deputado da IL disse que o seu partido não se satisfaz com "um Governo medíocre cuja única preocupação seja manter-se no poder e que se dedique apenas a preparar as próximas eleições".

"Queremos um bom Governo que prepare o país para as próximas gerações. Queremos um Governo mais do que remendar os problemas do passado", frisou.

Depois, Carlos Guimarães Pinto foi repetindo que o país "pode aspirar" a mais, numa anáfora que aparentou referir-se ao 'yes we can' do ex-presidente democrata dos Estados Unidos Barack Obama.

"Sim, podemos. Podemos aspirar a um país onde o Estado faz bem aquilo que deve fazer, em vez de se meter em tudo e fazer muitas coisas mal", disse.

Entre as áreas em que considerou que Portugal pode ser melhor, Carlos Guimarães Pinto defendeu em particular que o país pode aspirar a não concentrar "toda a sua atividade em Lisboa, arrastando toda a economia, e deixando cada vez mais abandonado o resto do país".

"Sim, podemos. Podemos aspirar a um país onde esperar menos de três meses por uma operação não seja um privilégio de quem tem seguro privado ou cunhas no hospital, (...) em que empresas mal geridas não sejam salvas com o dinheiro dos impostos excessivos das empresas que têm sucesso", defendeu.

Carlos Guimarães Pinto defendeu ainda que Portugal pode aspirar a ser um "país em que uma pessoa, desde o seu nascimento até à morte, não tenha de passar por uma única repartição pública nem entregar um único documento em papel" e em que "ter sucesso seja motivo de orgulho e admiração, e não de inveja e punição".

"Sim, nós podemos. Nós podemos e temos essa aspiração. Olhamos hoje para os outros países desenvolvidos e dizemos: 'nós queremos dar o salto da Irlanda ou da Estónia', 'queremos o bem-estar da Holanda, da Dinamarca ou do Luxemburgo'... Mas a nossa aspiração tem de ir mais longe: o que nós aspiramos é que, um dia, nesses e noutros países, alguém diga: 'nós queremos ser como Portugal'", disse.

No final do discurso, Carlos Guimarães Pinto defendeu que é possível "ter um país diferente, um país que dê lições em vez de estar sempre a aprender".

"É hora de votar por essa possibilidade, porque, mesmo que alguns desistam, cedam à espuma dos dias, nós continuamos a lutar por isto. No Governo ou na oposição, nós continuaremos a escrutinar e a trabalhar por um país melhor. Porque nós não nos vendemos, não desistimos e não abandonamos o nosso país", assegurou.

[Notícia atualizada às 21h27]

Leia Também: Rui Rocha compromete-se com "governação de quatro anos com a IL"

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