Montenegro recusa antecipar composição do Governo

O presidente do PSD, Luís Montenegro, recusou-se hoje a antecipar quaisquer dados sobre a futura composição do seu Governo e também se escusou a pronunciar-se sobre uma "hipotética" revisão constitucional na próxima legislatura.

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Lusa
19/05/2025 02:05 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Legislativas

"Não vou adiantar nem a composição do Governo, nem antecipar conversas com outros partidos, muito menos falar de uma hipotética revisão constitucional", declarou em resposta aos jornalistas no final da noite eleitoral.

 

Face ao quadro político resultante das eleições legislativas de domingo, a AD (PSD/CDS-PP) e a coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores, a IL e o Chega têm juntos mais de dois terços dos deputados, somando por enquanto 156 eleitos em 230, quando estão ainda por atribuir quatro mandatos pela emigração.

Uma maioria de dois terços de deputados - 154 - permite aprovar alterações à Constituição e é também o mínimo exigido, por exemplo, para se eleger juízes do Tribunal Constitucional, o provedor de Justiça, o presidente do Conselho Económico e Social e vogais do Conselho Superior da Magistratura, entre outros órgãos.

Porém, por agora, o presidente do PSD recusou-se a abordar esse cenário de uma revisão constitucional feita com partidos à sua direita, sem o necessário apoio do PS, o que acontece pela primeira vez em democracia.

Luís Montenegro, porém, na relação futura com as outras forças políticas prometeu diálogo e referiu-se sempre às "oposições", nunca deixando qualquer sinal sobre uma inclinação para o Chega ou para o PS.

O presidente do PSD também se recusou a dizer que tipo de líder prefere no PS, após Pedro Nuno Santos ter anunciado de que se demitirá do cargo de secretário-geral dos socialistas.

"Quanto a escolher líderes políticos de outros partidos, era o que faltava" reagiu.

Em relação ao diálogo com as oposições, disse: "Com a serenidade e o sentido de responsabilidade, depois de falarmos com respeito pelos eleitores e com respeito pelos outros partidos e pelos outros protagonistas políticos, sem termos de atacar nem ofender ninguém".

No novo quadro político, Luís Montenegro pediu que haja elevação e cordialidade no funcionamento da democracia, com confrontação de ideias que muitas vezes não são convergentes, depois de fazermos isso tudo com sentido de responsabilidade".

"Faremos isso com convicção profunda de que estamos à altura daquilo que se exige e que o povo exige de nós", acrescentou.

Leia Também: AD ganha, PS e Chega taco a taco, PNS sai e JPP entra. A noite eleitoral

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