Das reuniões com Marcelo ao novo Governo. Quais são os próximos passos?

Enquanto se aguardam os resultados eleitorais dos círculos da emigração, Marcelo vai fazer rondas de conversas com os três maiores partidos, para procurar estabilidade. O processo de indigitação pode ser mais demorado do que no ano passado, mas o novo Governo deve estar em plenitude de funções antes do fim de junho. Fique a par do que vai acontecer nos próximos dias. 

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
19/05/2025 18:03 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Política

Legislativas

Contados quase todos os votos das eleições legislativas antecipadas de domingo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já marcou as primeiras reuniões com os partidos com assento parlamentar. Primeiro reúne-se, já na terça-feira, com PSD, PS e Chega. Depois seguem-se os restantes partidos, nos dias seguinte.

 

Começará pelo PSD, amanhã, terça-feira, às 11h00. Segue-se o PS, às 15h00, e o Chega às 17h00. No entanto, de acordo com o semanário Expresso, Marcelo pretende avançar com, pelo menos, mais uma volta de conversas com estes três partidos mais votados, com o objetivo de assegurar condições de estabilidade e governabilidade do próximo Governo.

Estes encontros acontecem ainda sem os resultados dos círculos da emigração, que só serão divulgados a 28 de maio, na quarta-feira da próxima semana. Em jogo estão ainda quatro assentos parlamentares, que podem desempatar o número de deputados entre o PS e o Chega.

Recorde-se que as eleições legislativas antecipadas do ano passado, Luís Montenegro foi indigitado primeiro-ministro 11 dias depois da noite eleitoral e o Governo tomou posse nas duas semanas seguintes, com o programa de Governo a ser aprovado exatamente um mês e um dia depois da ida às urnas. Desta vez, o processo de indigitação pode ser mais demorado devido à nova configuração política do Parlamento, que pode dificultar a Marcelo a chegada a um consenso e solução que garanta estabilidade.

Ainda assim, o novo Governo deverá estar em plenitude de funções antes do fim do próximo mês de junho.

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Enquanto este processo decorre, o PS vai procurar um novo secretário-geral para o lugar deixado por Pedro Nuno Santos. A Comissão Nacional do partido vai reunir-se no próximo sábado, dia 24.

Dessa reunião sairá o calendário para as eleições internas, mas poderá também ser decidida a posição do PS para a solução governativa da próxima legislatura, que passará pela viabilização – ou não – de um Governo da AD.

Que cenários esperar?

Nesta nova legislatura deixará de haver uma maioria de dois terços formada apenas pelos eleitos de PSD e PS, ou da AD  (PSD/CDS-PP) e do PS, mesmo que os quatro mandatos da emigração fossem todos para estas forças políticas. Já se sabe que o Presidente da República está disposto a adiar a nomeação do primeiro-ministro para dar tempo aos partidos para negociarem um programa de Governo que passe no Parlamento.

Assim, há vários cenários em cima da mesa. Se ninguém avançar com uma moção de rejeição ao programa do Governo, como aconteceu no ano passado por parte do PCP, não vão haver grandes dificuldades iniciais. O Executivo passa sem problemas e Luís Montenegro é indigitado primeiro-ministro.

Caso o PCP volte a avançar com uma moção de rejeição, o Chega será decisivo. Embora seja difícil que o partido de André Ventura vote a favor de qualquer moção de rejeição dos comunistas, o líder do Chega remeteu o tema para os próximos dias. Contudo, o partido não tem grandes vantagens em travar a governação - que ficaria parada durante um ano - depois do melhor resultado de sempre do Chega.

Num terceiro cenário, o PS e o Chega também podem viabilizar o Governo, à semelhança do que aconteceu no ano passado. Enfraquecidos e sem líder, os socialistas não têm força para chumbar o Executivo da AD, embora o possam deixar passar, a não ser que se aliem ao Chega. Um cenário que é improvável. No ano passado, recorde-se, o PS absteve-se na moção de rejeição apresentada pelo PCP e o Chega votou contra

É de realçar que a AD sozinha tem mais deputados do que toda a Esquerda em conjunto.

O cenário ficará mais complicado com o passar do tempo e a aproximação do Orçamento do Estado, que volta a depender do Chega ou da influência positiva do PS, que se pode aliar à AD. Será um novo teste para o Executivo.

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