PCP insiste no gás de botija a 20 € e IVA a 6% na luz e telecomunicações

O PCP vai insistir na fixação do preço do gás de botija nos 20 euros e na redução para 6% do IVA da eletricidade, gás natural e telecomunicações, considerando que os custos atuais são incomportáveis para muitas famílias.

paula santos, líder parlamentar pcp, pcp

© Carlos Pimentel/ Global Imagens

Lusa
11/06/2025 14:56 ‧ ontem por Lusa

Política

PCP

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou que, nos últimos anos, se tem verificado que os grupos económicos que dominam o setor energético e das telecomunicações "têm obtido lucros chorudos à custa dos sacrifícios dos trabalhadores, dos reformados e das famílias".

 

Paula Santos salientou que "o elevado custo da energia, eletricidade, gás e telecomunicações" está a ter um "peso muito grande" no orçamento das famílias, em particular as que auferem rendimentos baixos, e nas micro, pequenas e médias empresas, defendendo que é preciso tomar medidas para o reduzir.

"Aquilo que nós propomos é a reposição do IVA a 6% para toda a eletricidade, para o gás natural, e o seu alargamento para o gás de botija e para o gás canalizado, e o IVA a 6% para as telecomunicações", frisou.

Paula Santos defendeu que estes "bens e serviços essenciais têm de ser de acesso para todas as famílias" e acrescentou que, no inverno, ninguém deve poder ficar privado de "ter a sua casa aquecida porque não consegue suportar os custos com a energia".

Por outro lado, a líder parlamentar do PCP disse que o partido vai voltar também a apresentar uma proposta para fixar o preço do gás de botija nos 20 euros, salientando que atualmente, em Portugal, o valor é o dobro do que é praticado em Espanha.

"Não há nenhuma justificação lógica para que assim seja", considerou, referindo que, em Portugal, o gás de botija é a fonte principal de energia para mais de dois milhões de famílias.

Paula Santos frisou que estas propostas do PCP -- que o partido já tem apresentado em anteriores legislaturas, incluído na última, mas que não tem conseguido aprovar -- visam "enfrentar os elevados custos" de bens "fundamentais para a vida das famílias" portuguesas.

Nestas declarações aos jornalistas, a líder parlamentar do PCP abordou ainda a agressão, esta terça-feira à noite, por um grupo de extrema-direita, de um ator da companhia de teatro A Barraca, em Lisboa, quando entrava para um espetáculo com entrada livre de homenagem a Camões.

A deputada condenou o ato praticado por "grupos fascistas, neonazis", considerando-o "intolerável" e defendendo que "não pode haver complacência" em Portugal com "a violência e o discurso de ódio".

"Queremos também expressar a nossa solidariedade com os trabalhadores da área da cultura, com o Teatro da Barraca. Aquilo que se exige por parte do nosso país é, de facto, que se garanta o respeito e o cumprimento dos direitos, liberdades e garantias que a Constituição consagra", sustentou.

Questionada sobre uma notícia do Expresso que indica que o ataque contra o ator terá sido organizado por um grupo neonazi que foi retirado da versão final do Relatório Nacional de Segurança Interna (RASI), Paula Santos disse que, a confirmar-se, isso seria incompreensível.

"Não ouvimos até ao momento qualquer justificação por parte do Governo relativamente a esta matéria. Não se pode, naturalmente, ignorar, quando falamos de segurança interna, os riscos que estão presentes com grupos fascistas de extrema-direita. Naturalmente, esse é um elemento de preocupação", disse.

Leia Também: PCP insiste nas 35 horas semanais para todos os trabalhadores

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas