"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a Humanidade". A frase de Neil Armstrong, ao tocar solo lunar, ainda hoje é repetida - e um marco da memória coletiva. Mas não precisamos de recuar a julho de 1969 para se fazer história espacial: esta quinta-feira, o Grupo Vodafone anunciou que fez a primeira videochamada espacial do Mundo.
"O Grupo Vodafone anunciou nas últimas horas a realização da primeira videochamada móvel espacial do Mundo, a partir de uma zona remota e sem cobertura e recorrendo a smartphones 4G/5G normais e a satélites", indicou em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Esta primeira videochamada espacial foi realizada "a partir de uma remota localização montanhosa no País de Gales", entre Rowan Chesmer, engenheiro da Vodafone, e Margherita Della Valle, CEO da Vodafone.
A "iniciativa pioneira", como é descrita, "é a única tecnologia de satélite do seu género a nível mundial criada para oferecer uma experiência completa de banda larga móvel (fazer e receber videochamadas, aceder à Internet e utilizar serviços de mensagens online), abrindo caminho à conectividade digital universal e à eliminação das lacunas de cobertura móvel, nomeadamente em zonas remotas".
Na mesma nota, o Grupo Vodafone salientou ainda que, "com esta extensão da rede terrestre, e tendo o satélite como tecnologia complementar", os sinais do smartphone 4G/5G de um utilizador "são enviados através dos satélites BlueBird (da AST SpaceMobile, parceiro da Vodafone) para um novo gateway espaço-terra da Vodafone, que recebe e canaliza todos os sinais de e para a rede terrestre".
Assim, acrescenta-se, "é possível utilizar smartphones do dia a dia para alternar automaticamente entre as redes espaciais e terrestres, sem necessidade de uma antena especial, de um terminal ou de um telefone por satélite dispendioso, e complementando a avançada rede 5G da Vodafone na Europa".
E, "concluídos os testes nesta primavera", a Vodafone pretende "introduzir progressivamente o serviço de banda larga via satélite direto ao smartphone nos mercados europeus ainda este ano e [em] 2026, colmatando as últimas lacunas de cobertura."
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