Gustavo Magalhães apresentou o painel "Cognitivo, mas não Consciente" na universidade Católica de Lisboa, no âmbito da "Operação 7 Dias com os Media", na quinta-feira ao final da tarde, e levantou a questão "O que se pode perder com a adoção da inteligência artificial?", dizendo que uma das principais preocupações é a "perda da noção do que é a verdade", salientando que estes modelos conduziam a um "facilitismo natural" das tarefas do quotidiano, como por exemplo, a escrita de um 'email'.
De acordo com o responsável, a IA pode ter impacto no que o responsável chamou de "pós-verdade", pois os "factos objetivos têm menos influência do que apelos à emoção e crenças pessoais", estando em cima da mesa a possibilidade de "proliferação de 'fake news' e desinformação", através "do uso estratégico de narrativas nas redes sociais para reforçar vieses".
Além disso, o responsável questionou-se também sobre o nível de inteligência das ferramentas de IA, sendo que para responder Gustavo Magalhães explicou que é necessário ter em conta fatores como a segurança e a utilidade dos grandes modelos de linguagem (LLM).
O que está em causa neste processo é "a capacidade do modelo em diferentes áreas (linguagem, raciocínio, código, etc.), a robustez e generalização e o alinhamento com comportamentos humanos desejáveis, como factualidade e segurança", só com estes fatores é possível "efetuar comparações objetivas entre diferentes abordagens ou sistemas".
Neste sentido, Gustavo Magalhães diz ainda inteligência artificial é uma máquina cognitiva com alta inteligência que pode ter impactos diretos em diversas operações.
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Esta iniciativa é inserida na "Operação 7 Dias com os Media", uma operação nacional anual que pretende sensibilizar para o papel e lugar que os meios de comunicação ocupam no quotidiano dos indivíduos e das sociedades, tendo este ano como tema central "Inteligência Artificial e Pensamento Crítico", sob o mote "IA, eu penso!".
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