"Na minha opinião, [os brasileiros] são do melhor que há no mundo. Penso que no sábado o triunfo pode cair para qualquer um dos lados. Nós também temos as nossas armas, mas é o desafio mais difícil que vamos ter até este momento", reconheceu o técnico.
Portugal atingiu as meias-finais após bater o Japão, por 7-6, enquanto o Brasil, campeão em título, goleou a Espanha, por 6-0. Na outra meia-final, defrontam-se o Senegal, que afastou a Itália, por 4-3, no prolongamento, e a Bielorrússia, que eliminou o Irão, também por 4-3.
Mário Narciso destacou a forma diferente como os 'canarinhos' têm atudo neste Mundial em Victoria, apostando agora num sistema '2x2' em detrimento do seu tradicional '3x1', "a tocar na bola e andar".
"Agora, estão mais formatados naquilo que é a moda, o 2x2, e como têm jogadores com uma qualidade técnica fora do normal, qualquer sistema em que atuem serão fortíssimos. Não estão mais fracos, acho até que estão mais fortes porque o 2x2 bem executado é muito difícil de defender e eles têm futebolistas com capacidade para fazer isso", ilustrou.
Quanto a Portugal, entende que "não há muitas correções a fazer", embora entenda que a "parte defensiva" esteja a merecer atenção suplementar, face ao número anormal de golos que a equipa tem sofrido e também para tentar travar "jogadores excecionais".
Já Miguel Pintado manifestou-se "super-feliz" por ter atingido as meias-finais, melhorando face ao derradeiro Mundial, em 2024, destacando a ilusão do grupo pelo facto de poder atingir a final.
Assume ter sido "indescritível" ter marcado o tento decisivo no difícil triunfo ante o Japão (7-6), nos 'quartos', pois permite a Portugal estar perto da reconquistar o título mundial, "algo único" que o grupo de trabalho, imbuído em "dinâmica de vitória", está a viver.
Pintado destacou a valia do Brasil e o facto de boa parte dos atletas já atuarem juntos há muito tempo, elogiando a qualidade das "individualidades" aliadas a um estilo de jogo com "base na organização".
"Temos de estar muito atentos, pois será um jogo decidido por detalhes. Estamos com uma coesão muito boa. Defensivamente, há sempre aspetos a melhorar, mas, como equipa, estamos a trabalhar muito bem. Nunca desistimos e vamos estar prontos. Vai ser uma final e estaremos prontos", concluiu.
Desde que a FIFA assumiu a organização do Mundial de futebol de praia, o Brasil lidera o palmarés, com seis títulos, seguido da Rússia, com três, Portugal, com dois, em 2015 e 2019, e a França, com um, o da primeira edição, em 2005.