Banco Nacional de Angola prevê para este ano taxa de inflação de 17,5%

O banco central angolano prevê para este ano uma taxa de inflação de 17,5%, esperando melhorias da oferta de bens e serviços e adequação das condições monetárias à atividade económica.

Notícia

© Lusa

Lusa
21/01/2025 19:13 ‧ ontem por Lusa

Economia

Angola

A previsão foi hoje avançada pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Dias, no final da 121.ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM) do banco central angolano, realizada entre segunda-feira e hoje.

 

Tiago Dias referiu que a taxa de inflação mensal em dezembro do ano passado foi de 1,70%, face aos 1,61% registados em novembro, tendo a inflação homóloga fixando-se em 27,5%.

"Os preços dos bens e serviços na economia continuam elevados. Todavia, realça-se o abrandamento da inflação mensal, iniciado em maio de 2024, assim como da inflação homóloga, desde o mês de agosto, após os picos de 2,61% e 31,09% observados em abril e julho, respetivamente", disse o governador do BNA.

Segundo Tiago Dias, o comportamento da inflação em 2024 deveu-se a vários fatores, com impactos diretos e indiretos, como os ajustes aos preços dos transportes públicos, do gasóleo, das propinas em escolas privadas e públicas, do serviço de telecomunicações e da redução da oferta de bens agrícolas devido à intensidade das chuvas.

"A nossa perspetiva é de que a inflação homóloga vai continuar a cair até ao mês de junho de 2025. A partir de junho de 2025 é que a situação vai-se tornar mais desafiante, muito mais desafiante, mas os dados em nossa posse mostram claramente que a inflação homóloga vai continuar a cair", salientou.

Relativamente ao impacto do reajuste salarial da função pública em 25%, previsto para março deste ano, na taxa de inflação, Tiago Dias disse que o Banco Nacional de Angola tem instrumentos de política monetária suficientes para fazer face a eventuais pressões inflacionistas que advenham do aumento de salários.

"Para já isto não constitui preocupação do lado do Banco Nacional de Angola", garantiu.

Tiago Dias apontou como riscos para o aumento da taxa de inflação a alteração de preços administrados (definidos), nomeadamente, o eventual ajuste nos preços dos combustíveis, ou uma produção abaixo das previsões de crescimento económico, particularmente a produção de petróleo.

"Se estiver aquém das nossas previsões isso poderá ter um impacto sobre a disponibilidade de moeda estrangeira na economia e consequentemente sobre a inflação. Também poderemos mencionar uma redução muito substancial dos preços do petróleo no mercado internacional, abaixo do preço de referência do Orçamento Geral do Estado, também poderá ter um impacto sobre a inflação", assinalou.

Leia Também: Financiamento das administrações públicas soma 1.800 milhões

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas