Turismo do Alentejo e Ribatejo avança com certificação das adegas

A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo pretende avançar, no segundo semestre deste ano, com a certificação sustentável da componente turística das adegas, tornando-se na primeira região do país a adotar esta estratégia.

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Lusa
31/01/2025 17:14 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Turismo

"No programa estratégico que temos delineado para a região, identificámos a necessidade de trabalhar a certificação sustentável da componente turística das adegas", disse hoje à agência Lusa o presidente da ERT, José Santos.

 

O projeto resulta de uma parceria com a Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) que, segundo o responsável, "tem vindo a desenvolver um caderno de especificações" nesta área, o qual "está agora em condições" de ser implementado.

A ERT do Alentejo e Ribatejo tinha "essa necessidade identificada" e posicionou-se junto da APENO, enquanto promotor do projeto, "para que o Alentejo pudesse ser a primeira região vitivinícola do país a implementar essa certificação", explicou.

À semelhança do plano de sustentabilidade dos vinhos do Alentejo, promovido pela Comissão Vitivinícola da região, José Santos defendeu que também o turismo deve trilhar este caminho e "trabalhar a sustentabilidade da componente de visitação turística dentro das adegas".

"Neste momento, estamos a fechar com a autoridade de gestão do Programa Regional Alentejo 2030 o primeiro financiamento de 1,2 milhões de euros para os restantes projetos âncora e, nesse lote de prioridades, consignámos este projeto", precisou.

Segundo o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, o programa deverá "ser implementado no segundo semestre deste ano" e tem como meta certificar um total de 50 adegas até 2026.

"Estamos a falar de um primeiro impulso que queremos dar à fileira do enoturismo", uma vez que "não vai haver um custo direto para as entidades certificadas, neste caso para os produtores de vinho" com valência turística, explicou.

No arranque do projeto, indicou, a ERT do Alentejo e Ribatejo pretende "trabalhar com as adegas esta certificação, empoderá-las no processo e fazer com que percebam as vantagens que podem ter para o negócio do turismo dentro das quintas".

"A valorização das adegas nesta ótica da sustentabilidade vai contribuir para tornar este produto turístico do enoturismo ainda mais competitivo", sendo "muito importante para trabalhar os mercados de longa distância", como o americano e brasileiro, realçou.

José Santos revelou ainda que a entidade regional pretende igualmente apostar numa academia de enoturismo, em parceria com a Universidade de Évora e os politécnicos de Beja e Portalegre, para responder "às necessidades deste setor" que tem sido responsável pelo surgimento de "novos perfis profissionais".

"Esta dimensão do conhecimento, da inovação, da monitorização é muito importante e é uma tarefa que a ERT terá de coordenar e fazer com que estas entidades trabalhem em conjunto", frisou.

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