O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou, esta sexta-feira, da eventual compra do Novo Banco por parte da Caixa Geral de Depósitos, situação à qual vários partidos também já reagiram, pedindo esclarecimentos.
"Não tenho dados sobre isso, mas é um ponto que, naturalmente é muito importante", considerou quando questionado sobre o assunto, depois de o Jornal Económico avançar com a notícia de que o Governo está interessado em que a CGD avance com a compra.
Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, Marcelo recordou que quando assumiu o cargo de Presidente da República havia duas questões "muito complicadas a resolver".
"Uma era a saída da situação de défice excessivo. E essa estamos bem. Os últimos números apontam talvez para um 'superavit' de 0,2; 0,3; 0,4", apontou.
A segunda situação que 'tirou o sono' a Marcelo tinha que ver com a banca. "Na situação da banca um dos problemas que havia era o Novo Banco não ter sido vendido porque à última hora o comprador chinês teve problemas na China e ficou pendurado em 2015. Somado a outros bancos que também tinham necessidade de capital - ou que precisam de uma aposta forte -, lembro-me que isso me fez durante muito, muito tempo, pensar sobre esse problema com o primeiro-ministro, com o Governo, com o Banco Central Europeu", referiu, dando o exemplo do "problema da Caixa".
"Havia quem quisesse que a Caixa ficasse não portuguesa, mas estrangeira, e não pública, mas privada", recordou.
"Espero que neste momento, em que a banca está sólida e forte, que realmente esse tipo de problemas não aconteçam mais e a banca mostre a sua força neste momento e para o futuro", atirou.
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