De acordo com a informação do Novo Banco enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a intenção desta entrada em bolsa foi comunicada igualmente aos restantes acionistas, o Fundo de Resolução e o Estado Português, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.
A Nani Holdings é o veículo do fundo de investimento norte-americano Lone Star que controla 75% do Novo Banco.
No final de janeiro tinha sido divulgado que a Lone Star pretendia fazer uma Oferta Pública de Venda (OPV) sobre cerca de 25% a 30% do capital do Novo Banco.
O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES), na resolução deste.
Em 2017, 75% do banco foi vendido ao fundo de investimento norte-americano Lone Star. O Estado detém direta e indiretamente 25% do capital do Novo Banco (o Fundo de Resolução detém 13,54% e o Estado detém 11,46% através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças).
No final de 2024, a Lone Star e o Estado acordaram o fim antecipado do acordo de capitalização contingente, com as partes a desistirem de litígios judiciais. O fim deste mecanismo (pelo qual o Fundo de Resolução injetou mais de 3.000 milhões de euros no Novo Banco) facilita a venda do banco e permite aos acionistas receberem dividendos.
É estimado que o Novo Banco possa vir a distribuir até 1.300 milhões de euros em dividendos, o que daria ao Estado mais de 300 milhões de euros.
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