Tem peças que já não usa? "Vender ouro agora é oportunidade inteligente"

Cotação do ouro está em máximos históricos: "Para quem possui ouro guardado ou investiu neste metal precioso no passado, este é o momento certo para capitalizar sobre os valores históricos que o mercado oferece".

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Notícias ao Minuto com Lusa
12/02/2025 09:49 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Ouro

O ouro tem vindo a valorizar-se e deverá atingir a fasquia dos 3.000 dólares este ano, segundo preveem vários analistas. A Unicâmbio destaca que o preço ultrapassou os 90 euros por cada grama, aquele que é o "valor mais elevado de sempre" e adianta que esta pode ser uma oportunidade para quem quer vender peças que já não têm utilidade. 

 

"A cotação do ouro encontra-se num momento excecional, e vender ouro agora é uma oportunidade inteligente para quem procura capitalizar sobre os valores históricos do mercado", refere Paulo Jerónimo, administrador da Unicâmbio, citado num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

Ora, "para quem possui ouro guardado ou investiu neste metal precioso no passado, este é o momento certo para capitalizar sobre os valores históricos que o mercado oferece", sublinha ainda.

Os motivos que fazem o ouro disparar

Os analistas antecipam que o preço do ouro poderá mesmo disparar mais no próximo ano, caso continuem as tensões geopolíticas e guerras comerciais.

"Abarreira psicológica dos três mil dólares por onça parece ser um cenário realista, se tivermos em conta o facto de o preço estar, neste momento, 'apenas' a 3,5% desse valor", salienta Henrique Tomé, analista da Xtb, à Lusa.

Os catalisadores por detrás do comportamento do ouro "têm sido, sobretudo, as incertezas que pairam em torno das questões geopolíticas e, também, em torno de uma guerra comercial", nota.

Ainda assim, o analista destaca que "se tivermos em conta outros fatores que também influenciam o comportamento dos metais preciosos - como o comportamento do dólar americano e também das 'yields' dos EUA (nas maturidades a dois e 10 anos) -, então podemos até assumir que existem alguns fatores de risco".

Olhando para o calendário, esta semana "teremos eventos importantes no mercado, como a publicação dos dados sobre a inflação nos EUA referente ao mês de janeiro", diz, que poderão influenciar a cotação do ouro: "o aumento da volatilidade poderá levar os preços a aproximarem-se mais da tal barreira psicológica dos 3.000 dólares, mas também devemos considerar o cenário de correção nos preços caso os dados surpreenderem pela negativa".

Já a UBS aumentou recentemente a previsão para a cotação do ouro para 3.000 dólares/onça para 2025, porque acredita que "o metal amarelo continuará a ser apoiado durante as condições frágeis do sentimento de risco e forte procura".

Além da incerteza tarifária e tensões geopolíticas, "novas reduções das taxas da Reserva Federal mais tarde este ano também deverão impulsionar os argumentos de investimento no ouro", aponta Mark Haefele, diretor de Investimentos da UBS Global Wealth Management, numa nota de análise.

O analista destaca também que, na semana passada, dados do Conselho Mundial do Ouro mostraram que as compras líquidas dos bancos centrais excederam 1.000 toneladas métricas pelo terceiro ano consecutivo em 2024.

Diego Franzin, diretor de estratégias de carteira da Plenisfer Investments, parte da Generali Investments, também salienta que há estimativas para este ano que sugerem que o ouro poderá atingir os 3.000 dólares por onça, nomeadamente tendo em conta um "potencial ressurgimento da inflação impulsionado pelas políticas fiscais e comerciais do novo Presidente Trump, bem como pelas expectativas de um novo aumento na dívida pública recorde dos EUA".

Para o analista, o ouro "continuará a ser um forte elemento de diversificação, ajudando a reduzir a volatilidade da carteira graças à baixa correlação com outros ativos e continuará a oferecer proteção contra a inflação, que historicamente ocorre em ondas e poderá, especialmente nos EUA, permanecer acima dos níveis atualmente previstos pelos mercados".

Este metal precioso continuará também a ser visto "como um ativo seguro em tempos de incerteza económica ou geopolítica".

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