Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 0,92%, o tecnológico Nasdaq avançou 1,41% e o alargado S&P500 ganhiu 1,08%.
Sem surpresa, a Fed manteve inalterada a sua taxa de juro de referência, no intervalo 4,25% - 4,50%. Esta manutenção era esperada pela generalidade dos operadores, até que se dissipe a névoa que cobre os efeitos das políticas de Donald Trump.
Depois de já ter aberto em alta, a praça bolsista "apreciou o tom do presidente da Fed, Jerome Powell, durante a conferência de impressa", apontou Patrick O'Hare, analista da Briefing.com, em declarações à AFP.
Powell "esforçou-se em insistir no facto de os dados oficiais continuarem a ser bons, ao contrário do que apontam as sondagens, que indicam um quadro mais negativo da confiança dos consumidores e empresários", destacou O'Hare.
Para este analista, os índices bolsistas também beneficiaram do alívio dos rendimentos obrigacionistas, com os dos títulos federais a 10 anos a baixarem para 4,24%, dos 4,28% da véspera.
O mercado obrigacionista reagiu assim ao anúncio de uma descida, a partir de abril, do ritmo de redução do ativo da Fed, eu é composto em mais de dois terços por títulos de d+vidai federal.
Para O'Hare, apesar de Wall Street ter acabado hoje em alta, os investidores também poderiam ter visto "o lado baixista" das declarações do banco central e do seu presidente.
Powell manteve a posição de que "a incerteza (era) elevada", o que não era habitual nos EUA.
O presidente da Fed considerou que as taxas alfandegárias impostas às importações norte-americanas tinham começado a fazer subir os preços, acrescentando que isso "poderia atrasar" o progresso na frente da inflação.
Por outro lado, a Fed divulgou as suas novas previsões para economia dos EUA, as primeiras desde que Donald Trump esta na Casa Branca.
O novo quadro é pior do que o anterior. O crescimento do produto interno bruto em 2025 baixa de 2,1% para 1,7% e a inflação sobe de 2,5% para 2,7%.
O que se mantém é a previsão de duas baixas da taxa de juro de referência durante este ano.
"Agora, o que todos esperam é de saber se a tendência altista de Wall Street vai continuar", disse O'Hare. Isto porque, acrescentou, "não se está em um momento onde haja muita confiança" no nível atual das cotações".
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