As marcas low-cost ajudam a poupar na fatura das telecomunicações. Quem o diz é a DECO PROTeste, que considera que a "LigaT e a DIGI vieram sacudir o mercado".
"Net fixa mais veloz, mais dados móveis, preços mais baixos, fidelizações mais curtas e contratação de serviços por módulos são consequências diretas. Mas os novos operadores ainda têm cobertura limitada", aponta.
A organização de defesa do consumidor lembra que "a partir do final do ano passado, as escaramuças concorrenciais trouxeram períodos de fidelização mais comedidos, preços mais leves e, em alguns casos, ofertas mais flexíveis".
"A revolução espoletada pelos novos operadores ainda não está completa. Mas, pela primeira vez em largos anos, é possível contratar serviços modulares, ou seja, que abrangem apenas as componentes que interessam a cada consumidor, a um preço justo, e não aquilo que os operadores impõem, durante um prazo com tendência para a eternização, sob pena de pesados castigos financeiros", é referido.
LigaT e Digi destacam-se
"Primeiro, veio a LigaT, um operador sem afiliações aos grandes das telecomunicações e que ainda se encontra em expansão. Trouxe um modelo de negócio que passa pela oferta de infraestrutura física para internet fixa. Os seus serviços estão restritos a alguns municípios ao norte de Lisboa, como Bombarral, Caldas da Rainha, Ericeira, Leiria, Mafra, Malveira, Torres Vedras e Venda do Pinheiro, e outros dois ao sul do Tejo, mais concretamente, Montijo e Alcochete", explica a DECO PROTeste.
Contudo, "foi a Digi quem veio verdadeiramente agitar as águas. O operador de telecomunicações com origem romena, que já se expandiu para vários outros países europeus, como Bélgica, Espanha e Itália, adentrou o mercado português no ano passado. Preços competitivos, flexibilidade na adesão e no cancelamento, e transparência na oferta são a receita do sucesso, num mercado tantos anos dominado pelo imobilismo".
"Em Portugal, a Digi faculta serviços de fibra ótica e comunicações móveis. E a oferta é modular: o consumidor escolhe apenas – e paga – as componentes de que necessita. É o adeus aos pacotes recheados de caras inutilidades. A cobertura está ainda limitada aos dois maiores centros urbanos: Lisboa e Porto. No entanto, a Digi procura expandir as suas operações a outras regiões do País, por meio de uma estratégia que combina infraestruturas próprias com parcerias", conclui.
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