"Não vamos esconder que ainda estamos longe de um acordo", afirmou o ministro em Washington, à margem das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, citado pela AFP, referindo-se às suas conversações "calorosas" com responsáveis americanos.
Washington já impôs 10% de direitos aduaneiros adicionais aos produtos europeus que entram nos Estados Unidos, sendo que Trump ameaça aumentar esta sobretaxa para 20%. Além disso, impôs direitos aduaneiros de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.
O governante referiu que esta semana se encontrou com Kevin Hassett, o principal conselheiro económico da Casa Branca, e Howard Lutnick, o secretário do Comércio dos EUA, bem como com o seu homólogo Scott Bessent nas reuniões entre os ministros das Finanças em Washington.
"Senti o desejo dos nossos interlocutores de avançarem o mais rapidamente possível", disse, afirmando que os europeus foram descritos como "amigos e aliados" no contexto destas negociações.
Eric Lombard referiu que, durante o seu encontro com Howard Lutnick, foram abertos "vários domínios de trabalho" para eliminar os obstáculos ao comércio entre os dois parceiros.
"Estamos a tentar encontrar temas sobre os quais possamos avançar de forma útil", acrescentou, afirmando que estava a tentar sair de "uma situação algo bloqueada".
Eric Lombard considera que as novas tarifas aduaneiras afetam sobretudo a economia dos Estados Unidos. "Esperamos que este impacto interno leve a administração a propor ajustamentos", disse.
"Queremos que os direitos aduaneiros regressem à situação anterior e, se possível, ainda mais baixos", sublinhou.
O ministro constatou também uma "mudança de ambiente" desde a sua última visita a Washington, onde acompanhou o Presidente francês Emmanuel Macron.
A União Europeia está há semanas a tentar encontrar uma solução para o diferendo comercial desencadeado por Donald Trump pouco depois do seu regresso à Casa Branca, com o Presidente norte-americano a acusar os parceiros comerciais dos Estados Unidos de "roubarem" o seu país.
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