O sono tem ainda mais importância para a saúde do que pensa. Por exemplo, uma nova investigação concluiu que demorar mais tempo do que o normal a iniciar a fase REM do sono ('rapid eye movements' ou, em português, movimentos oculares rápidos) pode ser um sintoma precoce de Alzheimer.
Para o estudo, disponibilizado no Alzheimer’s and Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association, os cientistas seguiram 128 indivíduos com uma idade média de 70 anos. Metade das pessoas analisadas foram diagnosticadas com a doença, cerca de um terço tinha um défice cognitivo ligeiro e os restantes eram saudáveis.
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Todos os participantes foram divididos em dois grupos tendo em conta quanto tempo demoravam a entrar na fase de sono REM.
Segundo os investigadores, um dos grupos atingiu esta fase do sono menos de 98 minutos depois de adormecer; o outro atingiu esta fase mais de 193 minutos depois de adormecer.
Concluíram assim que as pessoas com Alzheimer que participaram no estudo demoravam mais tempo a entrar na fase REM do sono Também tinham, no geral, níveis mais elevados das duas proteínas tóxicas associadas com esta condição: amiloide e tau.
Yue Leng, um dos investigadores responsáveis pelo estudo, afirma que "o atraso no sono REM perturba a capacidade do cérebro para consolidar memórias, interferindo com o processo que contribui para a aprendizagem e a memória".
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