Costuma dormir entre sete a oito horas e mesmo assim anda cansado? De acordo com uma revisão de estudos, disponibilizada no final de fevereiro, o número de horas que dorme pode não ser o único fator que tem impacto no estado de alerta.
Para esta revisão, publicada na Proceedings of the Royal Society, os investigadores analisaram 54 estudos sobre padrões de sono em sociedades pré-industriais e pós-industriais.
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Concluíram assim que as pessoas das sociedades pré-industriais dormiam, em média, entre 5,5 e 6,7 horas por noite. Cerca de 6,4 horas em média. Já nas sociedades industriais as pessoas dormem em média 7,1 horas.
Também perceberam que os membros das sociedades pré-industriais dormiam, em média, ao longo de 74% do tempo que estavam na cama, enquanto que os das sociedades industrializadas, conseguiam dormir durante 88% da noite.
Existe, no entanto, uma grande diferença porque os indivíduos nas sociedades pré-industriais tinham ritmos circadianos ou padrões de sono muito mais regulares. Isto pode dever-se a uma maior exposição a sinais de sono como ausência de ecrãs, explicam os investigadores, citados no Huffpost, agregador de blogues.
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Tendo isto em conta, os autores do estudo suspeitam que as pessoas das sociedades industrializadas relatam um sono pior por causa disto, apesar de terem um sono "mais longo" e que parece "mais eficiente".
Os resultados do estudo podem indicar a importância de estarmos alinhados com os padrões naturais de sono do corpo. Segundo os investigadores, isto pode implicar a criação de "rotinas diárias estruturadas, uma exposição optimizada à luz natural e uma utilização consciente dos dispositivos electrónicos durante a noite".
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