De acordo com uma resolução aprovada hoje com 444 votos favoráveis, 72 contra e 82 abstenções, os eurodeputados rejeitaram os resultados das eleições legislativas de 26 de outubro, considerando que faltou liberdade e justiça no sufrágio.
A resolução dá conta de que o "desenrolar das eleições" é uma consequência do "retrocesso democrático contínuo do país", responsabilizando o "partido no poder".
Os eurodeputados que aprovaram o documento denunciaram "numerosas e graves violações eleitorais, incluindo intimidação dos eleitores, manipulação de votos, interferência nas atividades dos observadores eleitorais e órgãos de comunicação social", assim como a "alegada manipulação envolvendo máquinas de votação eletrónicas".
Os resultados anunciados pela Comissão Eleitoral Central da Geórgia "não constituem uma representação lídima da vontade" da população.
Por isso, os eurodeputados apelaram à repetição das eleições "no prazo de um ano".
Em simultâneo, o PE considerou que deviam ser impostas sanções e limitados os contactos com o Governo da Geórgia.
As restrições, sustentaram os eurodeputados, deviam incidir sobre os principais intervenientes governamentais da Geórgia, que são "responsáveis pelo retrocesso democrático, por violações das leis e regras eleitorais, e pela utilização abusiva das instituições estatais".
Na resolução aprovada, os 444 eurodeputados que votaram favoravelmente esta resolução consideraram que a política do Governo da Geórgia é "incompatível" com o processo de integração no bloco comunitário, apesar de a Geórgia ser um país candidato.
A aproximação do Governo da Geórgia à Rússia de Vladimir Putin impossibilita "qualquer avanço no sentido da adesão à UE".
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