Foram libertados três norte-americanos "injustamente detidos" na China

Os Estados Unidos anunciaram hoje que a China libertou três cidadãos norte-americanos "detidos injustamente", algumas semanas antes do fim do mandato do Presidente cessante, Joe Biden, e do regresso de Donald Trump à Casa Branca.

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
28/11/2024 06:37 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

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Mark Swidan, Kai Li e John Leung foram libertados no âmbito de uma troca por cidadãos chineses, que não foram identificados, detidos nos EUA.

 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, escreveu na rede social X que falou com os três homens "quando regressavam aos Estados Unidos, mesmo a tempo do Dia de Ação de Graças", um feriado norte-americano marcado por reuniões familiares.

"Disse-lhes que estava muito feliz por estarem de boa saúde e por se reunirem em breve com os seus entes queridos", acrescentou na mensagem, difundida na rede social.

Mark Swidan está detido desde 2012, depois de ter sido preso numa viagem de negócios e acusado de posse de droga.

A sua família e os seus apoiantes insistem que nunca houve qualquer prova contra ele, alegando que o seu motorista e intérprete o acusaram falsamente.

Durante a detenção, foi privado de sono e comida ao ponto de perder cerca de 45 quilos, segundo a Dui Hua, uma associação de apoio aos prisioneiros na China.

A mãe, Katherine, que vive no Texas, queixou-se numa audição no Congresso, em setembro passado, de que a administração Biden não estava a fazer o suficiente para garantir a libertação do filho. "Os nossos entes queridos não são peões políticos", afirmou.

John Leung é um cidadão norte-americano que residia permanentemente em Hong Kong. Foi detido em 2021 e condenado por espionagem.

Kai Li nasceu em Xangai, mas é cidadão norte-americano naturalizado. Este empresário foi detido em 2016 e condenado também por espionagem.

Em setembro, David Lin, um pastor norte-americano detido na China desde 2006, foi libertado. Lin foi condenado a prisão perpétua, acusado de fraude, segundo a imprensa norte-americana, mas Washington considerou a sentença infundada.

O Presidente cessante, Joe Biden, abordou o caso destes prisioneiros durante o último encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, no mês passado, à margem de uma cimeira em Lima.

A libertação dos norte-americanos está a ser feita com a maior discrição, ao contrário das recentes trocas de prisioneiros entre os Estados Unidos e a Rússia, em que o Presidente Biden foi ao aeroporto para os receber.

No total, a administração Biden está satisfeita por ter assegurado a libertação de cerca de 70 norte-americanos que considera terem sido injustamente detidos em todo o mundo, de acordo com as autoridades.

Leia Também: Blinken insta China a travar aliança entre Rússia e Coreia do Norte

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