Ataque israelita no sul do Líbano faz pelo menos 14 feridos

O Ministério da Saúde do Líbano informou esta terça-feira que 14 pessoas ficaram feridas num ataque israelita no sul do país, apesar do cessar-fogo em vigor desde final de novembro e que contempla a retirada israelita.

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© Ramiz Dallah/Anadolu via Getty Images

Lusa
28/01/2025 22:36 ‧ ontem por Lusa

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Médio Oriente

Segundo a Agência Nacional de Notícias (ANI, oficial) libanesa, um "'drone' israelita inimigo" executou um "ataque com mísseis guiados" contra um pequeno camião que transportava legumes perto da cidade de Nabatieh, a cerca de 10 quilómetros da fronteira com Israel.

 

O Exército libanês informou, por seu lado, que um soldado e três civis ficaram feridos por disparos das tropas israelitas na estrada entre as cidades de Yaron e Marun al Ras, no sul do país.

"No quadro dos contínuos ataques israelitas no sul do Líbano, o inimigo israelita disparou contra militares e cidadãos na estrada entre Yaron e Marun Al Ras, causando ferimentos a um soldado e a três cidadãos, enquanto o Exército "escoltava os residentes que regressavam a cidades da fronteira sul", refere o comunicado.

O Exército libanês destacou hoje várias unidades para muitas cidades do sudoeste do país e outras zonas fronteiriças, na sequência do acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, que prevê a retirada das tropas israelitas do sul do Líbano e o recuo do Hezbollah a norte do rio Litani, cerca de 30 quilómetros a norte da fronteira com Israel.

O acordo de cessar-fogo e o prazo da retirada das forças israelitas do Líbano foi prorrogado até 18 de fevereiro, anunciaram os Estados Unidos, que fazem parte do comité de acompanhamento da trégua.

Nos termos do acordo que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 27 de novembro, apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU devem ser destacados no sul do Líbano, mas as forças israelitas continuam presentes em pelo menos oito locais no sudeste do Líbano.

Dois dias antes do fim da trégua, o Governo israelita anunciou o prolongamento da sua presença no sul do Líbano, alegando que o exército libanês ainda não tinha ocupado as zonas que deveriam permanecer sob o seu controlo.

No domingo, após o primeiro acordo ter expirado, o exército israelita matou 24 pessoas e feriu outras 134, quando centenas de pessoas tentavam regressar às suas casas no sul do Líbano.

Na segunda-feira, as forças militares israelitas mataram duas pessoas e feriram outras 26 nas mesmas circunstâncias, segundo o Ministério da Saúde Pública libanês.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, anunciou hoje que Israel libertou nove prisioneiros libaneses no âmbito do acordo de cessar-fogo e apelou à libertação dos restantes nove ainda detidos.

Mikati afirmou no domingo que havia apelado aos Estados Unidos para mediarem a libertação dos prisioneiros libaneses, na sequência do prolongamento do prazo do cessar-fogo.

O primeiro-ministro libanês agradeceu ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pelos "esforços envidados para libertar os nove prisioneiros libaneses detidos em prisões israelitas", sem fornecer detalhes sobre os libertados ou as circunstâncias da sua detenção.

Mikati apelou ainda ao CICV para que trabalhe no sentido de libertar "os outros nove libaneses detidos em Israel".

Em comunicado, um porta-voz do CICV "congratulou-se com o anúncio da libertação dos cidadãos libaneses" e afirmou que a organização "continua pronta a desempenhar o seu papel de intermediário neutro".

A guerra, que começou em outubro de 2023, causou mais de 4.000 mortos e 16.638 feridos entre setembro e dezembro de 2024, quando o acordo já estava em vigor, segundo as autoridades libanesas.

Leia Também: Guterres saúda extensão do cessar-fogo entre Israel e Líbano

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