Oscar Jenkins, um cidadão australiano dado como morto pelas tropas russas na guerra na Ucrânia, está, afinal, vivo. A informação foi avançada esta quarta-feira pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, que adiantou que Jenkins, de 32 anos, continua como "prisioneiro de guerra".
"O governo australiano recebeu confirmação da Rússia de que Oscar Jenkins está vivo e sob custódia", adiantou Wong, citada pela imprensa internacional, vendo com "preocupação" o facto de o professor, sem formação militar, ser um "prisioneiro de guerra".
"Tornámos claro à Rússia, em Camberra e em Moscovo, que o Sr. Jenkins é um prisioneiro de guerra e que a Rússia é obrigada a tratá-lo de acordo com o direito humanitário internacional, incluindo um tratamento humano", frisou.
A ministra garantiu ainda que, "se a Rússia não fornecer ao Sr. Jenkins as proteções a que tem direito ao abrigo do direito internacional humanitário", terá uma resposta "inequívoca".
Captives have rights, but russians don't really care
— Йось /ᐠ。. 。ᐟ\ (@yo_syp) December 23, 2024
Oscar Jenkins, a 32-year-old former Melbourne school teacher has been captured by Russian soldiers while fighting in Ukraine's foreign legion
A video shared on Telegram shows Jenkins bound and on his knees, being interrogated… pic.twitter.com/spECmB7T7P
Oscar Jenkins, natural de Melbourne viajou para a Ucrânia e alistou-se para combater com o exército ucraniano, em 2024.
Em dezembro do ano passado, circulou um vídeo nas redes sociais que mostrava o australiano rodeado por tropas russas, no leste da Ucrânia. Estava vestido com um uniforme militar, com as mãos atadas e o rosto sujo, enquanto era agredido por alguém que lhe fazia perguntas em russo.
Em resposta, identificou-se como Oscar Jenkins, de 32 anos, e disse que era um professor de biologia e que viveu na Austrália e na Ucrânia.
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