"Os recentes ataques aéreos levaram à neutralização de figuras-chave do EI, marcando um passo significativo, à medida que avançamos para a segunda fase da nossa operação", afirmou o governo regional.
Os Estados Unidos realizaram no sábado ataques aéreos contra combatentes do EI na Somália, anunciou o Presidente dos EUA, Donald Trump.
Estes ataques visaram um líder do grupo extremista responsável pela planificação de atentados e "outros terroristas que ele recrutou e dirigiu na Somália", explicou o Presidente norte-americano na sua rede social Truth.
Tratou-se do primeiro ataque no segundo mandato de Trump.
O secretário da Defesa, Pete Hegseth, disse que os ataques do Comando Africano dos EUA (US Africom) foram dirigidos por Trump e coordenados com o governo da Somália.
Uma avaliação inicial do Pentágono indicou que múltiplos operacionais foram mortos e que nenhum civil foi ferido nos ataques.
Na mensagem na rede social, Trump escreveu que os ataques "destruíram as cavernas onde viviam e mataram muitos terroristas sem ferir civis".
As autoridades militares dos EUA alertaram para o facto de as células do EI terem recebido cada vez mais orientações da liderança do grupo que se deslocou para o norte da Somália.
Em maio de 2024, um ataque aéreo militar dos EUA na Somália teve como alvo militantes do EI e matou três pessoas, segundo o Comando Africano dos EUA.
Estima-se que o número de militantes do EI no país seja de centenas, na sua maioria espalhados pelas montanhas de Cal Miskaat, na região de Bari, em Puntland, de acordo com o Grupo de Crise Internacional, um 'think tank' ligado a questões de defesa e segurança.
Puntland é uma região do nordeste da Somália, com capital em Garoowe, no extremo do Corno de África, que se declarou como estado autónomo em 1998.
Os seus líderes querem transformar a Somália numa federação, mas essa pretensão não foi acolhida pelas autoridades em Mogadíscio.
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