Universidade francesa dá licença menstrual a estudantes

Pelo menos nove universidades em França já implementaram esta medida.

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© Reprodução Facebook Université de Reims Champagne-Ardenne

Notícias ao Minuto
04/02/2025 08:43 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

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A Universidade de Reims Champagne-Ardenne (URCA), em França, começou o ano com uma nova medida para as estudantes, passando a proporcionar uma licença menstrual. A medida, que é uma forma de reconhecer os efeitos incapacitantes da menstruação, entrou em vigor a 29 de janeiro e prevê dez dias de ausência autorizada durante cada ano letivo.

 

"Os estudantes que desejem ativar a licença menstrual devem simplesmente enviar um e-mail à secretaria. Esta licença é considerada uma ausência justificada para efeitos de assiduidade e avaliação contínua, com exceção dos exames finais", explicou a URCA num comunicado, citado pelo Le Parisien.

Em alguns casos, a menstruação pode ser particularmente incapacitante, provocando cólicas, vómitos e fadiga extrema. No país, em média, uma em cada cinco mulheres tem problemas ligados à menstruação, alguns deles relacionados com endometriose.

Nove universidades em França oferecem licença menstrual

Em França são já nove as universidades que têm esta medida e que a consideram "essencial", defendendo que a menstruação pode dificultar a participação das alunas nas aulas.

"É uma medida que resultou de um inquérito aos estudantes na primavera passada e que garante a igualdade de acesso aos estudos", sublinha Anaël Beutin, responsável pelo projeto na URCA, onde 60% dos estudantes são mulheres.

Os estudantes já foram informados sobre a nova medida por e-mail.

"Os abusos acontecem, mas são residuais. É uma medida para o bem-estar das estudantes que funciona", afirmou a responsável pelo projeto na universidade.

Proposta chumbada em Portugal

O PAN apresentou, em 2022, uma proposta semelhante, que daria às pessoas com "menstruações dolorosas" a possibilidade de meter baixa médica, desde que prescrita pelo médico. Foi chumbada em maio desse ano com os votos contra de PS, PSD, IL e Chega.

O PCP votou a favor. Já o Bloco de Esquerda e o Livre abstiveram-se. 

A proposta do PAN previa também que "a apresentação ao empregador de declaração médica com intuito fraudulento" constituiria "falsa declaração para efeitos de justa causa de despedimento, nos termos legalmente previstos".

Leia Também: Ginecologista esclarece as razões que levam a ter tonturas na menstruação

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