"Abdul Öcalan prepara-se para lançar um apelo histórico nos próximos dias para uma solução duradoura para a questão curda", afirmou Tuncer Bakirhan, copresidente do Partido para a Igualdade e Democracia do Povo (DEM, antigo HDP), o terceiro maior partido no Parlamento.
Segundo os observadores, Abdullah Öcalan, apelidado de "Apo" ("tio" em curdo), de 75 anos, poderá apelar ao fim da luta armada a 15 de fevereiro, dia do aniversário da sua captura em Nairobi, em 1999.
"Tudo está agora nas mãos de [o presidente da Turquia, Recep Tayyip] Erdogan. Esta é a sua oportunidade de entrar para a História, senhor Erdogan", acrescentou Bakirhan aos deputados do DEM no Parlamento.
No outono passado, Erdogan e o seu principal aliado nacionalista contactaram Öcalan, detido desde 1999 numa ilha ao largo de Istambul, com a perspetiva de o libertar se este apelasse aos combatentes do PKK para deporem as armas.
No final de dezembro, Öcalan disse estar "determinado" a prosseguir o diálogo com Ancara, referindo-se a uma "responsabilidade histórica", segundo os deputados do DEM que se encontraram com ele.
O PKK, que trava uma luta armada contra Ancara desde 1984, é classificado como uma organização "terrorista" pela Turquia e pelos seus aliados ocidentais.
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