O cirurgião Thomas Shaknovsky, que confundiu o baço com o fígado e removeu o órgão errado de um doente, levando-o à morte, durante uma cirurgia no Hospital Ascension Sacret Heart Emerald Coast, na Florida, nos Estados Unidos, está a ser acusado de encobrir a morte.
A família da vítima, que tinha 70 anos, avançou, na semana passada, com uma ação judicial em que acusa o cirurgião e as enfermeiras que o assistiram de escreverem informações falsas na certidão de óbito e noutros documentos, "deturpando a causa da morte".
Beverley, a mulher da vítima, citada pelo jornal britânico Metro, alega que o marido foi "vítima de homicídio na sala de operações".
"Esta perda desoladora devastou a família de William Bryan e estamos a procurar justiça para esta tragédia sem sentido", afirmou o advogado da família, Joe Zarzaur.
A licença do cirurgião foi suspensa em novembro devido a "erros cirúrgicos flagrantes e repetidos que resultaram em danos significativos para o doente".
A família do norte-americano está a pedir uma indemnização de mais de 50 mil dólares (48,7 mil euros) por "despesas médicas e funerárias, dor e sofrimento mental e perda de companhia e proteção".
Segundo detalhou, na altura, o NY Post, William Bryan sentiu uma dor forte no abdominal durante uma visita à Florida e foi hospitalizado.
Depois de uma série de exames, concluiu-se que o homem tinha o baço aumentado e um cirurgião aconselhou-o a não sair do centro hospitalar sem ser operado para remover este órgão, dado que, ao não fazê-lo, podia ter complicações de saúde.
Em sua defesa, nos dias seguintes, o médico afirmou que o baço do homem estava quatro vezes maior do que o normal e que tinha migrado para o outro lado do corpo, motivo pelo qual se deu o equívoco.
Noutra cirurgia, Shaknovsky removeu, por engano, o pâncreas de um paciente.
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