Campo de refugiados de Jenin a caminho de uma catástrofe

O campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, "está a caminhar para uma catástrofe", declarou hoje a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente (UMRWA), na sequência de uma grande operação do exército israelita.

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© Issam Rimawi/Anadolu via Getty Images

Lusa
04/02/2025 13:05 ‧ há 2 horas por Lusa

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Médio Oriente

"O campo está a caminhar para uma catástrofe", afirmou Juliette Touma, porta-voz da UNRWA, durante uma conferência de imprensa por vídeo em Genebra, feita a partir de Amã, acrescentando que uma grande parte do campo foi "completamente destruída por uma série de explosões causadas pelas forças israelitas".

 

"Os residentes deste campo, em particular, suportaram o impossível", afirmou Touma, sublinhando que a organização calcula que "100 casas foram destruídas ou seriamente danificadas".

A porta-voz sublinhou que a agência não tinha recebido qualquer aviso prévio da operação de domingo devido à proibição de entrada da UNRWA em Israel, em vigor desde quinta-feira.

Os contactos entre o pessoal da agência da ONU e os funcionários israelitas deixaram de ser permitidos. Há muito que Israel acusa a UNRWA de conluio com militantes islâmicos, o que a agência nega.

O exército israelita declarou no domingo ter morto mais de 50 "terroristas" na Cisjordânia desde 14 de janeiro.

A vaga de explosões de domingo "ocorreu precisamente quando as crianças deviam regressar à escola", afirmou a porta-voz.

De acordo com a porta-voz, 13 escolas geridas pela organização das Nações Unidas no campo e na área circundante continuam fechadas, privando cerca de 5.000 crianças das aulas na zona.

As atividades da agência no campo de Jenin cessam completamente no início de dezembro de 2024, sublinhou Touma.

A 21 de janeiro, com o apoio de 'bulldozers', 'drones' e veículos blindados, as forças israelitas lançaram uma vasta operação em Jenin contra os combatentes filiados no Hamas e na Jihad Islâmica, dois dias após a entrada em vigor do cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Hoje, dois soldados israelitas foram mortos e oito feridos por um atirador furtivo que foi posteriormente abatido a tiro, no norte da Cisjordânia ocupada, onde o exército está a conduzir uma operação militar há vários dias, informaram as forças de Defesa de Israel (FDI).

"Durante o incidente em que caiu o sargento-mor da reserva Ofer Yung, dois reservistas [...] ficaram gravemente feridos e seis outros reservistas ficaram ligeiramente feridos. Outro soldado, cuja família foi notificada, caiu no incidente", indica o exército num comunicado, em que não adianta o nome da segunda vítima.

Algumas horas antes, o exército afirmou ter matado um combatente palestiniano após uma troca de tiros.

"Um terrorista disparou contra os soldados num posto militar em Tayasir", a leste de Jenin, no vale do Jordão. "Os soldados trocaram tiros com o terrorista e mataram-no".

Leia Também: Autoridades palestinianas registam duas mortes na Cisjordânia

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