"Os vizinhos encontraram uma vala comum contendo os restos mortais de mais de 17 cidadãos da aldeia de Breidij, no norte de Hama, que foram detidos durante o antigo regime, num crime horrível que reflete a escalada de violações na região", explicou a ONG, que tem sede no Reino Unido, mas uma ampla rede de colaboradores no local.
Esta é a segunda vala comum descoberta este mês, depois de os habitantes de uma cidade da província de Deir al Zur terem encontrado os restos mortais de seis adolescentes entre os 15 e os 17 anos no passado fim de semana.
A ONG informou que estes seis jovens trabalhavam como pastores na zona antes de terem sido raptados há cerca de um ano por milícias iranianas.
O Observatório documentou ainda que o número de valas comuns descobertas desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em 08 de dezembro, atingiu as 18, contendo restos mortais de 1.649 vítimas.
Estas sepulturas estão distribuídas por diferentes zonas da Síria e Homs é a província onde foram encontradas mais, com quatro, contendo restos mortais de 1.220 corpos, seguida de Rif Damascus (167), Deraa (132), Deir al Zur (106) e finalmente, Hama com 24 corpos.
Estima-se ainda que dezenas de milhares de pessoas na Síria continuam desaparecidas, alegadamente torturadas e mortas durante o regime de Al-Assad.
No final do ano passado, o Observatório solicitou uma investigação internacional independente para descobrir a identidade das vítimas e levar os responsáveis por estes crimes à justiça.
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