"Trata-se de uma resposta à decisão não provocada e sem fundamento da Rússia de retirar a acreditação de um diplomata britânico em Moscovo, em novembro. O Reino Unido não tolera que o nosso pessoal seja intimidado desta forma, pelo que estamos a tomar medidas recíprocas", afirmou um porta-voz do Ministério.
A mesma fonte avisou que "qualquer outra ação por parte da Rússia será considerada um agravamento e será respondida em conformidade".
Em novembro, o Kremlin anunciou que ia expulsar um diplomata britânico, acusado de espionagem e de ter comunicado informações pessoais "falsas" às autoridades quando chegou ao país, pondo em causa a segurança nacional do país.
Segundo o serviço secreto russo (Serviço Federal de Segurança, FSB), a decisão foi tomada depois de terem sido "detetados sinais de espionagem e atividades subversivas levadas a cabo por este diplomata", avançou a agência russa de notícias Interfax.
O FSB especificou ainda que os "dados falsos" fornecidos pelo segundo secretário do departamento político da embaixada britânica "violaram a legislação russa", pelo que a acreditação diplomática foi revogada.
O serviço mencionou, inclusive, o nome do diplomata em causa, Wilkes Edward Pryor, o que é pouco habitual nestes casos, sendo normalmente o Ministério dos Negócios Estrangeiros que publica estas notificações.
Esta não é a primeira vez que os dois países expulsam diplomatas nos últimos anos.
Em maio passado, Londres anunciou que iria expulsar o oficial de defesa da Rússia no Reino Unido, considerando-o "um agente dos serviços de informação militar não declarado".
Além disso, o Governo decretou o encerramento de várias instalações diplomáticas russas no país e restrições aos vistos diplomáticos russos, como o estabelecimento de um limite para o tempo de permanência no Reino Unido.
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