"Na segunda-feira, 24 de fevereiro, assinala-se o terceiro aniversário da invasão total da Ucrânia. Decidi estar em Kyiv para essa ocasião, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen", escreveu António Costa nas redes sociais.
O presidente do Conselho Europeu, ex-primeiro-ministro de Portugal, disse que a visita também tem o propósito de "reafirmar o apoio à heroica população ucraniana" e ao "Presidente democraticamente eleito, Volodymyr Zelensky".
O apoio ao "Presidente democraticamente eleito" tem especial relevância, depois de o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, ter criticado Zelensky, considerando-o "um ditador" e rejeitando que tenha sido democraticamente eleito.
Os representantes da União Europeia querem demonstrar unidade e força num contexto geopolítico cada vez mais incerto e com os Estados Unidos da América a deixarem de ser o bastião da segurança Ocidental. Reuniões entre Washington e Moscovo para encontrar uma resolução para o conflito na Ucrânia estão a ser amplamente criticadas por excluírem Kyiv e a União Europeia.
A decisão unilateral do Governo dos EUA de avançar com negociações sem a presença do país invadido e dos países europeus motivou reuniões em Paris com os líderes europeus, incluindo o Reino Unido, para discutir a arquitetura de segurança europeia e como assegurar as garantias de segurança prometidas à Ucrânia.
Os Estados Unidos da América consideraram que a ideia de recuperação do território ocupado pela Rússia e a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte, exigido pela Ucrânia, é irrealista, deixando cair a narrativa que é utilizada à dois anos pelos países que apoiam Kyiv.
[Notícia atualizada às 13h22]
Leia Também: Pedro Sánchez visita Kyiv na próxima segunda-feira