Hamas condena a visita "provocatória" de PM israelita à Cisjordânia

O grupo extremista palestiniano Hamas condenou a visita "provocatória" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ao campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia, onde Israel conduz há semana uma operação militar, que resultou hoje na morte de duas crianças.

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© REUTERS/Nathan Howard

Lusa
21/02/2025 20:05 ‧ ontem por Lusa

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Médio Oriente

O Hamas afirmou que a "manobra vistosa" de Netanyahu de visitar Tulkarem reflete o "estado de falência política e militar" do primeiro-ministro, que tenta agora "encobrir o seu repetido fracasso e contínuo declínio" na guerra contra o movimento palestiniano.

 

"Esta visita não intimidará o nosso povo e a sua resistência, mas aumentará a sua determinação e vontade de continuar o caminho da 'jihad' [guerra santa] até à libertação e à vitória", adiantou o Hamas.

Benjamin Netanyahu visitou hoje as forças israelitas no campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, região ocupada por Israel desde 1967, e ordenou novas operações militares após ataques contra autocarros em Israel.

Duas crianças foram hoje mortas a tiro pelo exército israelita em dois tiroteios distintos na Cisjordânia, um dos quais ocorreu perto do campo de refugiados na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, e o outro na cidade de Hebron, no sul.

Uma rapariga de 13 anos, identificada como Rimas al-Amuri, morreu depois de ter sido atingida no abdómen e nas costas pelos disparos das tropas israelitas.

A rapariga foi transportada para o hospital, mas acabou por morrer, segundo a agência noticiosa estatal WAFA.

Outro rapaz de 11 anos, identificado como Ayman Nasar al-Haimuni, foi levado para o hospital depois de ter sido atingido no peito pelo exército israelita em Hebron, no sul da Cisjordânia, onde acabou por não resistir aos ferimentos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou a intensificação das operações na Cisjordânia na sequência da explosão simultânea de três autocarros vazios a sul de Telavive, um incidente que as autoridades estão a tratar como um possível ataque terrorista de milícias palestinianas.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, também visitou hoje Tulkarem, onde afirmou que o país está "em guerra contra o terrorismo islâmico radical" e que vencerá.

As tropas israelitas já haviam intensificado as suas operações na Cisjordânia após o ataque do Hamas a 07 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns, a maioria dos quais civis, segundo o Governo israelita.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, matando mais de 48 mil pessoas.

A violência na Cisjordânia aumentou durante a fase inicial da guerra na Faixa de Gaza e, desde outubro de 2023, mais de 860 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Autoridade Palestiniana condena visita de Netanyahu à Cisjordânia

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