Chegou o momento de "apertar os parafusos à Rússia de Putin", afirmou o ministro num comunicado.
"Amanhã [segunda-feira], tenciono anunciar o maior pacote de sanções contra a Rússia desde os dias que se seguiram ao início da guerra, para desgastar a sua máquina militar e reduzir as receitas que alimentam a destruição na Ucrânia", acrescentou.
A União Europeia (UE) deverá também adotar uma nova série de sanções contra a Rússia na segunda-feira, incluindo a proibição de importação de alumínio russo para a UE.
Londres já sancionou mais de 1.900 pessoas e entidades em resposta ao lançamento da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
"Este é um momento crítico na história da Ucrânia, da Grã-Bretanha e de toda a Europa", afirmou David Lammy, cujo país é um dos principais apoiantes de Kyiv.
"É por isso que chegou o momento de a Europa redobrar o seu apoio à Ucrânia", frisou.
O governante reiterou que o Reino Unido continua empenhado em fornecer três mil milhões de libras esterlinas (3,6 mil milhões de euros) por ano em ajuda militar a Kyiv e que está pronto a enviar soldados britânicos "como parte de uma força de manutenção da paz, se necessário", em caso de cessar-fogo.
"Estamos a trabalhar com os Estados Unidos e os nossos parceiros europeus para alcançar uma paz duradoura e justa, sendo claro que nada pode acontecer na Ucrânia sem a Ucrânia", afirmou.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deverá deslocar-se a Washington na quinta-feira para se encontrar com presidente Donald Trump, que intensificou as suas invetivas contra o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O presidente americano também acusou o líder trabalhista e o Presidente francês, Emmanuel Macron, esperado na Casa Branca na segunda-feira, de não terem "feito nada" para pôr fim à guerra.
Os europeus, consternados com o súbito diálogo entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a Ucrânia, temem que o presidente norte-americano possa terminar com a guerra em termos favoráveis a Moscovo, sem dar garantias de segurança a Kyiv.
Desde o início da guerra na Ucrânia, o Reino Unido, em coordenação com os seus parceiros, nomeadamente na Europa, introduziu uma série de sanções contra a Rússia, que consistem no congelamento de bens e na proibição de viajar.
Estas medidas visam os setores financeiro, aeronáutico, militar e energético russos, bem como pessoas próximos do regime de Vladimir Putin ou envolvidos na guerra, incluindo em países terceiros.
Na segunda-feira, a Ucrânia assinala o terceiro aniversário do início da invasão russa, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão ainda não inteiramente apurada.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais.
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