Costa apela a que "todas as partes preservem o cessar-fogo" em Gaza

O presidente do Conselho Europeu apelou hoje a todas as partes envolvidas no conflito israelo-palestiniano para preservarem o cessar-fogo na Faixa de Gaza, aplicando na totalidade um acordo que leve a uma solução de paz.

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© Getty Images/Philipp von Ditfurth/picture alliance

Lusa
28/02/2025 15:21 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Apelo a todas a partes que preservem o acordo do cessar-fogo, que o implementem na totalidade e apoio todos os esforços para avançar para a próxima fase e para uma paz sustentável", escreveu António Costa nas redes sociais, na véspera do final da primeira fase do acordo de cessar-fogo estabelecido entre Israel e o Hamas.

 

O presidente do Conselho Europeu disse que vai estar presente na cimeira da Liga dos Países Árabes para discutir o conflito no Médio Oriente e prometeu o empenho da União Europeia para uma "paz duradoura e sustentável, baseada na solução dos dois Estados" -- palestiniano e israelita.

O Hamas reiterou hoje, um dia antes do fim da primeira fase do acordo de cessar-fogo, o "total compromisso" de passar para a segunda fase e aplicar os termos acordados no texto que prevê a libertação dos reféns restantes e o fim "integral" da guerra.

"Com o fim da primeira fase do acordo de cessar-fogo e de troca de prisioneiros, o Movimento de Resistência Islâmica [Hamas] afirma o seu total empenho em aplicar todos os termos do acordo em todas as suas fases e pormenores", refere um comunicado divulgado nas redes sociais do grupo.

No comunicado, o grupo palestiniano apela também à comunidade internacional para que "exerça pressão" sobre Israel para que Telavive aprove a segunda fase do acordo "sem hesitações nem evasivas".

"Apelamos à comunidade internacional para que pressione a ocupação [Israel], para que respeite integralmente o acordo e entre imediatamente na segunda fase, sem demora ou adiamentos", afirmou o movimento num comunicado.

No sábado, termina a primeira fase do acordo, de 42 dias, durante os quais Israel e o Hamas trocaram 33 reféns (oito dos quais mortos) por milhares de prisioneiros palestinianos.

No domingo, deverá entrar em vigor a segunda fase, com o Hamas a entregar os restantes reféns e Israel a retirar completamente as suas tropas da Faixa de Gaza, preparando o fim da guerra.

"50% dos habitantes de Gaza estão conscientes de que se trata apenas de um acordo de troca de prisioneiros e que não conduzirá a um cessar-fogo permanente", disseram à agência noticiosa espanhola EFE palestinianos de Gaza, explicando que é pouco provável que Israel autorize a entrada em vigor da segunda fase.

"Os comentários de Israel sobre o corredor de Filadélfia, e que provavelmente não se vão retirar dele, é um sinal de que a guerra vai regressar", acrescentaram.

O ministro da Defesa israelita, Israel Kazt, avisou quinta-feira que as suas tropas não se retirarão do corredor de Filadélfia, a fronteira de Gaza com o Egito, por considerar que é a via através da qual o Hamas se pode rearmar.

A retirada das tropas israelitas deste corredor é um compromisso, segundo o texto, para a segunda fase do acordo.

Perante a incerteza crescente, o Egito acolhe hoje conversações indiretas com as delegações de Israel e do Hamas. 

Leia Também: Deputados portugueses apelam à paz e trocam acusações sobre Gaza

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