Dinamarca preocupada com influência russa nas eleições na Gronelândia

O serviço de informações dinamarquês (PET) declarou-se hoje preocupado com uma "possível influência estrangeira", nomeadamente da Rússia, durante as eleições legislativas na Gronelândia, um território autónomo da Dinamarca.

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© Sean Gallup/Getty Image

Lusa
28/02/2025 15:27 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Dinamarca

"As autoridades estão a monitorizar uma possível influência de Estados estrangeiros em relação às eleições do Inatsisartut [Parlamento da Gronelândia] de 11 de março de 2025", disse o PET num comunicado citado pela agência francesa AFP.

 

A Gronelândia tem estado no centro das atenções desde o final de dezembro, quando o então recém-eleito Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou o desejo de anexar a maior ilha do Ártico aos Estados Unidos.

A Rússia, que tem uma capacidade considerável para levar a cabo operações de desestabilização, tem um forte interesse em criar divisões no seio da NATO, disseram os serviços secretos dinamarqueses.

Além disso, o aumento da influência norte-americana na Gronelândia não é do interesse da Rússia, segundo o PET.

Nas semanas que antecederam o anúncio da data das eleições, "foram observados vários casos de perfis falsos nas redes sociais", disse o PET.

Alguns dos perfis faziam-se passar por políticos dinamarqueses e gronelandeses, "o que contribuiu para polarizar a opinião pública", referiu.

Nenhum dos perfis foi oficialmente associado a um país estrangeiro.

O Parlamento da Gronelândia aprovou em 04 de fevereiro uma lei que proíbe os donativos anónimos ou estrangeiros aos partidos políticos, numa tentativa de evitar interferências externas.

O atual Presidente norte-americano disse pela primeira vez que queria comprar a Gronelândia em 2019, durante o primeiro mandato na Casa Branca (presidência), uma oferta que tanto o território autónomo como a Dinamarca rejeitaram.

Trump voltou à carga desde que foi eleito para um segundo mandato e o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, avisou no final de janeiro que o Presidente estava a falar a sério.

"Não é uma brincadeira. O Presidente Trump deixou claro o que pretende fazer, que é comprar", disse Rubio na altura, durante uma entrevista radiofónica.

A ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) tem uma população de apenas 56 mil habitantes.

Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação.

Os Estados Unidos mantêm uma base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.

Leia Também: Mary da Dinamarca combina (como ninguém) as cores da estação

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