"Caros amigos ucranianos, vocês não estão sozinhos", assegura Tusk

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, assegurou hoje ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e seus concidadãos que "não estão sozinhos", numa das primeiras reações europeias após o ataque histórico de que este foi alvo pelo homólogo norte-americano, Donald Trump.

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© Getty Images/Jakub Porzycki

Lusa
28/02/2025 20:09 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Caro @Zelensky, caros amigos ucranianos, vocês não estão sozinhos", escreveu Donald Tusk na rede social X (antigo Twitter), alguns minutos depois de Zelensky abandonar a Casa Branca, após uma reunião com Trump na Sala Oval, perante a comunicação social, que foi uma sessão pública de insultos e ameaças, causando desassossego e mesmo alguns gestos de vergonha e consternação entre os jornalistas presentes.

 

Volodymyr Zelensky deixou hoje prematuramente a Casa Branca, após um confronto verbal sem precedentes com Donald Trump na Sala Oval, em que o Presidente norte-americano, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de "abandonar" a Ucrânia se este não fizer concessões à Rússia.

"Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz", disse Donald Trump numa mensagem na sua rede social, logo a seguir à sua partida precipitada.

A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para o qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou, nem a conferência de imprensa conjunta que estava prevista no final do encontro.

Trump acusou também o homólogo ucraniano, que também ali estava em busca do apoio de Washington, após três anos de guerra com a Rússia, de ter "faltado ao respeito aos Estados Unidos" na Sala Oval, sublinhando que os Estados Unidos deram à Ucrânia muito dinheiro e que ele "devia estar mais grato".

Numa cena de tensão sem precedentes, que se prolongou por vários minutos e que envolveu também o vice-presidente norte-americano, JD Vance, os três dirigentes levantaram a voz e falaram uns por cima dos outros várias vezes.

Donald Trump criticou em especial Volodymyr Zelensky por "se ter colocado numa posição muito má" em relação à Rússia e disse-lhe que ele "não tinha as cartas na mão", quanto ao desenlace da guerra.

Ameaçou-o, dizendo-lhe "faça um acordo [com a Rússia] ou deixamo-lo ficar mal", e acrescentando que será "muito difícil" negociar com o líder ucraniano.

"Você está a brincar com a vida de milhões de pessoas. Está a brincar com a terceira guerra mundial (...)", disse-lhe ainda Trump, furioso.

Leia Também: Russos celebram confronto "histórico" entre Trump e Zelensky

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