Keir Starmer rejeita distanciamento entre o Reino Unido e os EUA

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, rejeitou a sugestão de que o Reino Unido deve reduzir a dependência dos Estados Unidos porque se tornaram pouco fiáveis sob a presidência de Donald Trump. 

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© Ben Whitley/PA Images via Getty Images

Lusa
03/03/2025 17:12 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Os Estados Unidos e o Reino Unido têm relações muitos estreitas. A nossa defesa, a nossa segurança, os nossos serviços secretos estão completamente interligados. Não há dois países tão próximos como os nossos e seria um grande erro, numa altura como esta, sugerir que qualquer enfraquecimento dessa ligação é o caminho a seguir para a segurança e defesa na Europa", afirmou hoje no parlamento. 

 

Starmer respondia a Ed Davey, líder dos Liberais Democratas, o partido da oposição com a segundo maior representação na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento). 

Davey manifestou o receio que "o Presidente Trump não seja um aliado fiável" e que o Reino Unido deve considerar reduzir a dependência do seu aliado.

Numa intervenção onde fez um balanço da cimeira internacional realizada em Londres no domingo sobre a situação na Ucrânia, lamentou o confronto verbal entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, em Washington na semana passada. 

"Mas quero ser muito claro: temos de reforçar as nossas relações com a América, para a nossa segurança, para a nossa tecnologia, para o nosso comércio e investimento. São e serão sempre indispensáveis, e nunca vamos escolher entre um ou outro lado do Atlântico", avisou. 

Segundo Starmer, a ideia de um distanciamento dos EUA "é totalmente desonesta". 

"Embora algumas pessoas possam gostar da simplicidade de escolher um lado, esta semana mostrou com total clareza que os EUA são vitais para garantir a paz que todos queremos ver na Ucrânia", explicou. 

A cimeira de Londres que decorreu no domingo juntou líderes de 14 países europeus, incluindo Ucrânia e Noruega, mais dirigentes do Canadá, Turquia, União Europeia e NATO. 

O Reino Unido, França, Ucrânia e outros países não especificados concordaram em trabalhar num plano de paz que será depois apresentado aos Estados Unidos. 

Os líderes europeus concordaram também em aumentar a pressão económica sobre a Rússia, em manter a ajuda militar à Ucrânia e estabeleceram condições para qualquer futuro acordo de paz, nomeadamente que a Ucrânia deve participar nas negociações, que a sua soberania deve ser garantida e que as suas capacidades defensivas devem ser reforçadas para dissuadirem uma nova invasão russa.

Leia Também: "Botas no terreno", EUA "fiáveis" e acordo de paz: Que discutiu Europa?

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