Kyle Clifford, o homem que matou a esposa e duas filhas do comentador da BBC John Hunt, foi condenado a prisão perpétua. O homem violou também uma das vítimas, Louise Hunt, com quem teria tido uma relação.
O caso chocou Inglaterra o ano passado, quando aconteceu, em julho. Clifford andou foragido durante alguns dias e acabou por ser encontrado num cemitério, em estado grave depois de se atingir com uma besta - que dispara flechas. A mesma arma foi usada no ataque a parte desta família. da qual sobreviveu o comentador John Hunt e a terceira filha, que não estavam em casa.
Clifford recursou ir ao tribunal onde decorre a leitura da sua sentença. Também hoje se lê a declaração de impacto, uma declaração em que é dado o testemunho da família das vítimas.
John Hunt, o pai e marido das vítimas, falou em tribunal e confessou que quando lhe foi solicitado que redigisse uma declaração destas, não lhe fez sentido, tendo o seu primeiro pensamento sido: "Preciso mesmo de detalhar o impacto de ter 3/4 da minha família morta?"
Mas, revela o comentador, que depois percebeu que este momento seria aquele em que diria o que queria ao assassino da família, que acabou por não estar presente.
"Quando me questiono sobre a forma como foi capaz de nos enganar a todos, digo simplesmente que era um psicopata capaz de se disfarçar de um ser humano normal", descreveu, apontando que o homem "reservava os seus momento de 'faz de conta'" para quando estava com a família de Louise.
Depois, Hunt afirmou que Louise estava justamente enojada com "o seu racismo" e a "a sua linguagem depreciativa", assim como os níveis de "misoginia" que se verificaram depois iam "para além".
Sublinhando que a sua família "sempre foi amável" com Kyle e o acolheu, John Hunt disse que a filha se esforçou sempre na relação e que foi a mãe quem se apercebeu dos primeiros sinais de algo não estava bem.
"Espero que as mulheres de todo o mundo tomem a coragem de Louise como um farol brilhante para as suas vidas", apontou ainda.
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