Seguindo as recomendações do National Transportation Safety Board (NTSB), a FAA decidiu proibir permanentemente os helicópteros e as aeronaves de asa fixa de efetuarem voos não essenciais nas imediações do aeroporto.
Também foi encerrada uma parte do corredor aéreo 4, utilizado pelo helicóptero aquando da colisão e separado por apenas 23 metros do corredor utilizado pelos aviões que se dirigiam para a pista 33, onde o avião da PSA (filial da American Airlines) devia aterrar a 29 de janeiro.
A organização dos corredores aéreos em torno de Washington "representa um risco intolerável para a segurança aérea" e deve ser alterada, defendeu Jennifer Homendy, diretora do NTSB, numa conferência de imprensa na terça-feira.
O aeroporto está localizado no coração da área metropolitana de Washington, sobre a qual voam regularmente muitos helicópteros.
A FAA especificou que, se um helicóptero tivesse de passar pela secção fechada - em caso de emergência médica, de uma operação prioritária de aplicação da lei ou de um transporte presidencial -, deveria "manter distâncias específicas em relação às aeronaves".
O inquérito, ainda em curso, já revelou "discrepâncias" na altitude a que o helicóptero voava, bem como dificuldades de comunicação entre o aparelho, a torre de controlo e o avião comercial que se aproximava.
Também hoje o Gabinete do Inspetor-Geral (OIG, no original) do Departamento de Transportes dos Estados Unidos publicou um relatório de auditoria sobre as incursões (aviões, veículos, pessoas) nas pistas à passagem dos aviões.
O documento foi lançado na sequência de uma série de incidentes no início de 2023.
"A FAA tomou iniciativas para prevenir e limitar as incursões nas pistas, mas ainda há trabalho a ser feito para melhorar a análise de dados e implementar decisões importantes", segundo o OIG, em comunicado.
O organismo indicou que o regulador concedeu mais de 200 milhões de dólares em subsídios aos aeroportos para reduzir as incursões, nomeadamente com a instalação de novos sistemas de vigilância em terra.
"Mas os desafios permanecem", observou o OIG, que fez cinco recomendações para melhorar a situação, nomeadamente no que diz respeito à recolha e partilha de dados.
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