Países anunciam apoio de 5,8 mil milhões à Síria sem contribuição dos EUA

Os países que participaram na conferência para apoiar a Síria comprometeram-se hoje com 5,8 mil milhões de euros, menos do que o compromisso feito anteriormente, por falta de contribuição dos Estados Unidos da América (EUA).

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Lusa
17/03/2025 19:30 ‧ há 3 horas por Lusa

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Síria

"Comprometemo-nos com um total de 5,8 mil milhões de euros, 4,2 mil milhões de euros em doações e 1,6 mil milhões de euros em empréstimos", anunciou a comissária europeia responsável pelo Mediterrâneo, Dubravka Suica, no final da conferência dedicada ao apoio ao país, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições da União Europeia (UE).

 

A União Europeia promoveu hoje a sua nona conferência internacional de apoio à Síria, após a queda do regime sírio de al-Assad, para permitir a reconstrução do país.

O evento, que se realiza anualmente e este ano é marcado pelas mudanças no contexto geopolítico, visa reunir o apoio internacional para uma transição inclusiva na Síria, desde a assistência à recuperação socioeconómica.

Pela primeira vez, autoridades provisórias sírias foram convidadas para a ocasião, juntamente com representantes das Nações Unidas, dos Estados vizinhos da Síria e de outros parceiros regionais.

A conferência realiza-se numa altura em que a situação na Síria continua frágil, dados os recentes atos de violência contra civis e os ataques contra as forças de segurança, contexto que será também abordado.

Após quase 14 anos de guerra na Síria, grupos armados liderados pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) - anteriormente afiliada ao grupo terrorista Al-Qaida - tomaram Damasco em 08 de dezembro e depuseram o Presidente Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia.

O novo líder na Síria é Ahmed al-Charaa, que comanda o grupo HTS.

Desde 2011, a UE e os seus Estados-membros - os principais doadores de ajuda a nível mundial -- mobilizaram cerca de 37 mil milhões de euros em ajuda humanitária, ao desenvolvimento, à economia e à estabilização da crise síria.

Estima-se que os anos de conflito na Síria tenham levado à deslocação de cerca de metade da população, tanto dentro como fora do país, e que o número de pessoas que necessitam de assistência humanitária tenha chegado aos 16,7 milhões de pessoas em 2024, um máximo histórico desde o início da crise em 2011.

[Notícia atualizada às 20h19]

Leia Também: Comité Internacional da Cruz Vermelha adverte para "paz frágil" na Síria

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