Rebeldes do Iémen denunciam novo ataque dos EUA em Hodeida

Os rebeldes Huthi do Iémen denunciaram um novo ataque dos Estados Unidos da América (EUA) na região ocidental de Hodeida, controlada pelos rebeldes apoiados pelo Irão, no âmbito de uma operação de ordenada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

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Lusa
17/03/2025 19:40 ‧ há 2 horas por Lusa

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Médio Oriente

"Um ataque dos EUA teve como alvo a região de Bajel, na província de Hodeida", afirmou hoje um porta-voz dos insurgentes, e outros ataques visaram uma fábrica de aço na região de al-Salif, na mesma província, informou a agência noticiosa dos rebeldes, Huthi Saba, bem como a estação de televisão Al-Massira.

 

Dezenas de milhares de pessoas marcharam hoje no Iémen em resposta a um apelo dos rebeldes Huthis, dois dias após os ataques dos Estados Unidos contra redutos do movimento pró-iraniano.

No sábado à noite, os EUA iniciaram uma série de ataques aéreos contra várias cidades controladas pelos huthis no norte e centro do Iémen, bem como em Sana, que segundo o movimento xiita fizeram 53 mortos e 98 feridos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou hoje que o Irão será "considerado responsável" por qualquer novo ataque dos huthis, após o movimento iemenita apoiado por Teerão reivindicar uma ação armada contra um porta-aviões norte-americano no Mar Vermelho.

"Cada tiro disparado pelos huthis será considerado, a partir de agora, como um tiro disparado por armas iranianas e pelos líderes iranianos, e o Irão será responsabilizado e sofrerá as consequências. E serão terríveis", escreveu o líder da Casa Branca na sua plataforma Truth Social.

Trump chamou aos rebeldes "gangsters e bandidos sinistros" que são "odiados pelo povo iemenita", argumentando que os seus ataques foram criados pelo Irão.

No sábado, o presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu o "inferno" para os Huthis e pediu ao Irão que deixe de apoiar os rebeldes, que levaram a cabo uma série de ataques ao comércio marítimo na costa do Iémen, em solidariedade com o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza.

Os huthis reivindicaram um contra-ataque no domingo contra o porta-aviões norte-americano Harry S. Truman, utilizado por Washington para levar a cabo uma vaga de bombardeamentos na noite de sábado contra os rebeldes na capital do país, Sanaa.

Os huthis, que controlam a capital Sanaa e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com drones e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.

Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.

Os rebeldes iemenitas ameaçaram continuar os ataques até que Israel termine a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Leia Também: Trump responsabiliza Irão por qualquer novo ataque dos huthis

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