"Um ataque dos EUA teve como alvo a região de Bajel, na província de Hodeida", afirmou hoje um porta-voz dos insurgentes, e outros ataques visaram uma fábrica de aço na região de al-Salif, na mesma província, informou a agência noticiosa dos rebeldes, Huthi Saba, bem como a estação de televisão Al-Massira.
Dezenas de milhares de pessoas marcharam hoje no Iémen em resposta a um apelo dos rebeldes Huthis, dois dias após os ataques dos Estados Unidos contra redutos do movimento pró-iraniano.
No sábado à noite, os EUA iniciaram uma série de ataques aéreos contra várias cidades controladas pelos huthis no norte e centro do Iémen, bem como em Sana, que segundo o movimento xiita fizeram 53 mortos e 98 feridos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou hoje que o Irão será "considerado responsável" por qualquer novo ataque dos huthis, após o movimento iemenita apoiado por Teerão reivindicar uma ação armada contra um porta-aviões norte-americano no Mar Vermelho.
"Cada tiro disparado pelos huthis será considerado, a partir de agora, como um tiro disparado por armas iranianas e pelos líderes iranianos, e o Irão será responsabilizado e sofrerá as consequências. E serão terríveis", escreveu o líder da Casa Branca na sua plataforma Truth Social.
Trump chamou aos rebeldes "gangsters e bandidos sinistros" que são "odiados pelo povo iemenita", argumentando que os seus ataques foram criados pelo Irão.
No sábado, o presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu o "inferno" para os Huthis e pediu ao Irão que deixe de apoiar os rebeldes, que levaram a cabo uma série de ataques ao comércio marítimo na costa do Iémen, em solidariedade com o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza.
Os huthis reivindicaram um contra-ataque no domingo contra o porta-aviões norte-americano Harry S. Truman, utilizado por Washington para levar a cabo uma vaga de bombardeamentos na noite de sábado contra os rebeldes na capital do país, Sanaa.
Os huthis, que controlam a capital Sanaa e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com drones e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.
Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.
Os rebeldes iemenitas ameaçaram continuar os ataques até que Israel termine a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.
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