O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun disse em conferência de imprensa que os exercícios militares "constituem um aviso sério e um poderoso dissuasor para as forças separatistas".
"Taiwan é uma parte inalienável do território chinês" e as questões relacionadas com a ilha "são um assunto puramente interno da China que não admite qualquer interferência externa", disse.
"As autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP) insistem teimosamente na sua posição pró - independência", acrescentou o porta-voz, avisando que "estão condenadas ao fracasso".
Guo declarou que "a tendência histórica da 'reunificação' da China é imparável".
A China anunciou hoje o início de novos exercícios militares em torno de Taiwan com unidades do exército, marinha, força aérea e força de foguetões para "se aproximarem da ilha a partir de várias direções" e "emitirem um aviso sério às forças separatistas que procuram a independência".
O líder de Taiwan, William Lai, proferiu recentemente um dos seus mais duros discursos contra a China, anunciando 17 medidas - incluindo o restabelecimento dos tribunais militares e uma análise rigorosa das visitas de cidadãos chineses a Taiwan - para contrariar a campanha de "infiltração" do Partido Comunista Chinês (PCC) na ilha.
Pela primeira vez, classificou a China como uma "força externa hostil", o que foi interpretado por alguns analistas como uma mudança nas políticas defendidas pelo seu antecessor e uma tentativa de alterar o estatuto de Taiwan.
Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949 e possui o seu próprio exército e um sistema político, económico e social, diferente do da República Popular da China, mas Pequim considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território.
A China intensificou nos últimos anos a pressão sobre o território, organizando com frequência exercícios militares de grande envergadura que simulam um bloqueio marítimo e aéreo da ilha.
Leia Também: China diz que independência de Taiwan significa "guerra"