Hamas apela à participação da população numa greve geral na Cisjordânia

Um dos líderes do Hamas, Abdel Rahman Shahid, apelou hoje num comunicado a que o povo palestiniano participe numa greve geral convocada na Cisjordânia, contra "a agressão da ocupação em Gaza e no apoio à resistência".

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© REUTERS/Hatem Khaled

Lusa
06/04/2025 18:10 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Hamas

"Perante os contínuos crimes, genocídio e limpeza étnica do nosso povo em Gaza, e a agressão, o abuso e a judaização que praticam a ocupação e os seus colonos na Cisjordânia, não temos alternativa a nos aliarmos contra a ocupação e acender todos os pontos de contacto", disse Rahman num comunicado no Telegram, citado pela agência Efe.

 

A greve, convocada por várias fações palestinianas, incluindo o movimento secular Fatah, a principal força da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que governa pequenas partes da Cisjordânia ocupada, ocorre num dos momentos mais críticos para a devastada Faixa de Gaza depois de Israel ter quebrado o cessar-fogo a 18 de março.

Desde então, os bombardeamentos israelitas contra o enclave voltaram à atividade diária, enquanto o exército continua a emitir novas ordens de evacuação para a população de Gaza que está privada de aceder a ajuda humanitária há mais de um mês, bloqueada por Israel.

Só nas últimas 24 horas, os ataques israelitas custaram a vida a 46 palestinianos, elevando o número total de mortos desde o início da ofensiva israelita para mais de 50.600, a maioria dos quais crianças e mulheres.

Hoje mesmo, um bombardeamento israelita atingiu um grupo de habitantes da cidade de Gaza, no bairro de Al Tuffah, que aguardava abastecimento de pão, causando a morte de seis pessoas, incluindo três crianças, segundo a Defesa Civil palestiniana, citada pela Efe.

Segundo a televisão Al Jazeera, um dos poucos meios de comunicação com repórteres na Faixa de Gaza, pelo menos 39 pessoas foram mortas desde a madrugada de hoje, neste território.

"Todos nós, na nossa cidade e na nossa nação, devemos assumir a responsabilidade de apoiar e confrontar este genocídio contra o povo palestiniano. É vergonhoso que qualquer pessoa livre permaneça em silêncio sobre o que está a acontecer em Gaza e na Cisjordânia, e não levante um dedo perante os massacres da ocupação", acrescentou.

A violência na Cisjordânia também aumentou nas últimas semanas, com mais ataques de colonos a aldeias palestinianas, à medida que o exército israelita continua a cercar os campos de refugiados do norte, de onde foram expulsos quase 40 mil palestinianos.

Leia Também: Hamas divulga vídeo de dois reféns israelitas vivos

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