"Perante os contínuos crimes, genocídio e limpeza étnica do nosso povo em Gaza, e a agressão, o abuso e a judaização que praticam a ocupação e os seus colonos na Cisjordânia, não temos alternativa a nos aliarmos contra a ocupação e acender todos os pontos de contacto", disse Rahman num comunicado no Telegram, citado pela agência Efe.
A greve, convocada por várias fações palestinianas, incluindo o movimento secular Fatah, a principal força da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que governa pequenas partes da Cisjordânia ocupada, ocorre num dos momentos mais críticos para a devastada Faixa de Gaza depois de Israel ter quebrado o cessar-fogo a 18 de março.
Desde então, os bombardeamentos israelitas contra o enclave voltaram à atividade diária, enquanto o exército continua a emitir novas ordens de evacuação para a população de Gaza que está privada de aceder a ajuda humanitária há mais de um mês, bloqueada por Israel.
Só nas últimas 24 horas, os ataques israelitas custaram a vida a 46 palestinianos, elevando o número total de mortos desde o início da ofensiva israelita para mais de 50.600, a maioria dos quais crianças e mulheres.
Hoje mesmo, um bombardeamento israelita atingiu um grupo de habitantes da cidade de Gaza, no bairro de Al Tuffah, que aguardava abastecimento de pão, causando a morte de seis pessoas, incluindo três crianças, segundo a Defesa Civil palestiniana, citada pela Efe.
Segundo a televisão Al Jazeera, um dos poucos meios de comunicação com repórteres na Faixa de Gaza, pelo menos 39 pessoas foram mortas desde a madrugada de hoje, neste território.
"Todos nós, na nossa cidade e na nossa nação, devemos assumir a responsabilidade de apoiar e confrontar este genocídio contra o povo palestiniano. É vergonhoso que qualquer pessoa livre permaneça em silêncio sobre o que está a acontecer em Gaza e na Cisjordânia, e não levante um dedo perante os massacres da ocupação", acrescentou.
A violência na Cisjordânia também aumentou nas últimas semanas, com mais ataques de colonos a aldeias palestinianas, à medida que o exército israelita continua a cercar os campos de refugiados do norte, de onde foram expulsos quase 40 mil palestinianos.
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