"O lado americano também afirmou que o acordo desejado é aquele que pode ser alcançado o mais rápido possível, mas isso não será fácil e exigirá a vontade a ambas as partes", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, à televisão estatal iraniana e citado pela agência France-Presse (AFP).
"Penso que nos aproximámos muito de uma base de negociação", afirmou, acrescentando que nenhuma das partes "quer negociações infrutíferas, discussões por discutir, perdas de tempo ou negociações que se arrastam".
O sultanato de Omã acolheu hoje uma ronda de conversações indiretas entre EUA e Irão, tendo o primeiro sido representado pelo enviado do Presidente norte-americano, Donald Trump, Steve Witkoff e a mediação sido feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros omanense, Badr al-Boussaidi.
Após o encontro, em comunicado também citado pela AFP, Araghchi assinalou que as conversações decorreram numa "atmosfera construtiva, baseada no respeito mútuo".
As conversações entre estes dois países, adversários de longa data e sem relações diplomáticas desde 1980, serão retomadas no próximo sábado.
Essas discussões entre Araghchi e Witkoff "começaram graças à mediação do ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Boussaïdi", escreveu Esmail Baghaï na rede social X.
Os Estados Unidos e o Irão iniciaram estas negociações, consideradas de "alto risco" sobre o programa nuclear iraniano, após uma ameaça do Presidente norte-americano de recorrer à ação militar se nenhum acordo for alcançado.
Em discussão está um novo acordo nuclear depois que os Estados Unidos se retiraram do texto anterior, decidido por Donald Trump durante seu primeiro mandato em 2018.
"Pretendemos chegar a um acordo justo e honroso, baseado na igualdade", disse Araghchi, um mediador histórico entre o Irão e os países ocidentais.
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