Trump critica ritmo das negociações com o Irão sobre programa nuclear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, queixou-se esta segunda-feira do ritmo das negociações nucleares entre os Estados Unidos e o Irão, numa altura em que os dois países iniciam uma nova ronda de negociações.

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© Joe Raedle/Getty Images

Lusa
14/04/2025 23:46 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Estados Unidos

"Acho que nos estão a pressionar", disse Trump na Sala Oval da Casa Branca, durante uma reunião com o Presidente de El Salvador.

 

Embora o Irão não tenha reconhecido especificamente os planos, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, disse que as conversações teriam lugar em Roma, enquanto falava hoje com o seu homólogo iraquiano, de acordo com a agência de notícias do Iraque.

Trump quer que o Irão seja "uma nação rica e grande", no entanto, afirmou que se tratam de "pessoas radicalizadas e que não podem ter uma arma nuclear".

A primeira ronda de negociações sobre o programa nuclear de Teerão, que avança rapidamente, teve lugar no fim de semana em Omã.

Apesar da mudança de local para a segunda ronda, é provável que Omã continue a mediar as negociações.

"Recebemos o pedido das partes interessadas, de Omã, que desempenha o papel de mediador, e demos uma resposta positiva", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, aos jornalistas durante uma viagem a Osaka, no Japão.

"Estamos prontos a acolher, como sempre, reuniões que possam trazer resultados positivos, neste caso sobre a questão nuclear", acrescentou.

Entretanto, o chefe do organismo de vigilância nuclear das Nações Unidas confirmou separadamente que iria fazer uma viagem ao Irão no final da semana, possivelmente para discutir formas de melhorar o acesso dos seus inspetores ao programa de Teerão.

As conversações seguir-se-ão a uma visita de Rafael Mariano Grossi, da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), ao Irão no final desta semana.

 A AIEA desempenhou um papel fundamental na verificação da conformidade do Irão com o seu acordo nuclear de 2015 com as potências mundiais e continuou a trabalhar na República Islâmica, mesmo quando a teocracia do país lentamente retirou o seu acesso depois de Trump ter retirado unilateralmente a América do acordo em 2018.

"A continuação do compromisso e da cooperação com a Agência é essencial numa altura em que são urgentemente necessárias soluções diplomáticas", escreveu Grossi na rede social X.

Grossi chegará ao Irão na quarta-feira e reunir-se-á com Araghchi e com o Presidente Masoud Pezeshkian, informou a agência noticiosa estatal IRNA, citando Kazem Gharibabadi, um vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.

Desde que regressou à presidência dos EUA, Donald Trump insiste em negociar com o Irão sobre o seu programa nuclear, ameaçando lançar uma ação militar contra os iranianos se não for alcançado um acordo.

Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), Trump retirou os Estados Unidos do acordo de 2015, assinado entre o Irão e cinco potências mundiais, que estabelecia limites rigorosos às atividades nucleares de Teerão em troca do alívio das sanções.

Desde então, o Irão enriqueceu urânio muito para além dos limites permitidos pelo antigo acordo e conta agora com 274 quilos de urânio enriquecido com 60% de pureza, próximo dos 90% de grau militar, de acordo com a AIEA.

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