De acordo com o Ministério Público colombiano, num comunicado citado pela agência de notícias Efe, 'Jhonny Getial', um dos líderes do grupo Jaime Martínez do Estado-Maior Central (EMC), o maior grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), "ordenou os crimes como parte de uma diretiva do grupo armado ilegal para controlar os lucros ilícitos e gerar agitação entre a população civil".
Jaider Poveda Méndez tinha feito um "acordo preliminar" com o Ministério Público, no qual confessou ter ordenado 19 assassínios no município de Jamundi e outros 17 nas localidades de Dagua, Buenaventura e Restrepo.
Por isso, foi condenado pelos crimes de conspiração para cometer crimes, homicídio e fabrico, tráfico, porte ou detenção de armas de fogo, acessórios, peças ou munições.
'Jhonny Getial' foi ainda considerado culpado de fabricar, traficar e transportar armas e munições de uso restrito e exclusivo das Forças Armadas, e explosivos.
O dissidente das FARC foi detido em 07 de março de 2022, numa zona rural de Buenaventura, cidade onde se situa o principal porto da Colômbia no Oceano Pacífico, e está detido desde então.
O Governo colombiano e o EMC iniciaram em 2023 negociações de paz até se confirmar a separação daquele grupo armado, devido à agressividade de algumas das suas frentes, sobretudo na zona de Cauca.
O EMC dividiu-se em duas fações, lideradas pelos comandantes Iván Mordisco e Marcos Calarcá.
O Governo da Colômbia deixou de negociar com os dissidentes de Mordisco, mas continua a dialogar com a de Calarcá Córdoba, hoje conhecida como Estado-Maior dos Blocos.
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