A área encerrada ao trânsito, no todo ou em parte, com algumas avenidas a permitir a saída mas não a entrada de automóveis, abrange cerca de 25 quilómetros quadrados no lado europeu de Istambul.
A área situa-se tanto na península histórica como nos bairros de Beyoglu e Sisli a norte do Corno de Ouro, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Os transportes públicos foram igualmente suspensos nestas zonas, afetando cerca de 30 paragens em 10 linhas de metro e de elétrico.
Praticamente todos os transportes marítimos entre a parte asiática e a parte europeia de Istambul foram cancelados.
A maior parte destes bairros estava cercada por barreiras policiais e as zonas adjacentes a Takism eram guardadas por fortes destacamentos da polícia de choque, como aconteceu em 2024, segundo a EFE.
Está prevista para o meio-dia (hora local, 10h00 em Lisboa) uma marcha dos principais sindicatos turcos na esplanada de Kadikoy, na zona asiática da cidade, autorizada pelo Governo.
Mas, para muitos grupos de esquerda, a celebração do Dia do Trabalhador na Praça Taksim, um evento proibido pelo Governo desde 2013, é uma exigência histórica.
Nos últimos três dias, a polícia deteve cerca de 100 pessoas em Istambul, em várias rusgas durante a madrugada, por terem apelado em conferências de imprensa ou nas redes sociais a uma marcha em Taksim no 1.º de Maio.
A manifestação do Dia do Trabalhador em Taksim foi proibida após um tiroteio nunca esclarecido em 1977 na praça, que matou 34 pessoas.
A marcha só voltou a ser autorizada em 2010, mas o Governo proibiu-a novamente apenas três anos depois, em 2013, até hoje.
Também em Ancara, partes da cidade foram encerradas ao trânsito, embora hoje, feriado oficial na Turquia, se realizem marchas sindicais em todas as províncias do país.
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