O réu, Joseph Czuba, recebeu hoje a sentença após em fevereiro ter sido condenado por um júri pelo crime de homicídio no esfaqueamento fatal de Wadee Alfayoumi, palestiniano-americano de 6 anos de didade, e no ferimento da sua mãe, Hanan Shaheen, ambos seus inquilinos.
A família tinha alugado quartos numa casa de Czuba em Plainfield, a cerca de 64 quilómetros de Chicago, em 2023.
O caso dos procuradores foi marcado pelo testemunho da mãe do rapaz, que relatou que Czuba exigiu que deixassem o imóvel por serem muçulmanos, antes de a atacar a ela e ao filho.
A mulher de Czuba, Mary, de quem se divorciou entretanto, também testemunhou a favor da acusação, dizendo que o idoso tinha ficado perturbado com o ataque do movimento palestiniano Hamas contra Israel e a posterior guerra em Gaza.
A polícia disse que Czuba esfaqueou o menino 26 vezes, deixando a faca no corpo da criança.
"Ele não podia escapar", disse Michael Fitzgerald, procurador-adjunto de Will County, aos jurados durante o julgamento.
"Como se não bastasse o facto de o arguido ter matado o rapazinho, deixou a faca no corpo", adiantou.
O júri deliberou durante 90 minutos antes de emitir o veredito.
No Illinois, a pena máxima de prisão é de 60 anos ou perpétua, não havendo pena de morte.
O ataque renovou os receios de discriminação anti-muçulmana e atingiu particularmente Plainfield e os subúrbios desta cidade, que têm uma comunidade palestiniana grande e estabelecida.
O funeral de Wadee atraiu grandes multidões e as autoridades de Plainfield dedicaram um parque infantil em sua homenagem.
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