Rebeldes do Iémen disparam míssil contra aeroporto de Telavive

Um míssil balístico disparado pelos rebeldes hutis do Iémen caiu hoje na área do aeroporto de Ben-Gurion, próximo de Telavive, e causou seis feridos ligeiros, noticiou a imprensa de Israel.

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© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images

Lusa
04/05/2025 09:25 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O serviço de emergência Magen David Adom (MDA) disse que prestou assistência médica a quatro mulheres e dois homens com idades entre os 22 e os 54 anos que ficaram ligeiramente feridos devido à explosão.

 

Os jornais Haaretz, The Times of Israel e Jerusalem Post publicaram imagens em vídeo que mostram o momento do impacto na zona do Terminal 3 do Aeroporto Ben-Gurion.

As operações no aeroporto foram interrompidas devido ao ataque, mas os voos foram retomados cerca de uma hora depois, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O exército israelita confirmou o ataque, mas disse desconhecer ainda se intercetou o míssil ou não.

"Foram feitas várias tentativas para intercetar o míssil lançado do Iémen", afirmou o exército em comunicado, informando que um objeto caiu na zona do aeroporto, sem especificar se se tratava de um míssil ou de destroços do projétil.

"O incidente está a ser investigado", acrescentou.

A polícia israelita disse que o impacto foi mesmo de um míssil.

"Podem ver a área atrás de nós: formou-se uma cratera com várias dezenas de metros de largura e também várias dezenas de metros de profundidade", disse o chefe da polícia local, Yair Hezroni, num vídeo com a torre de controlo do aeroporto em segundo plano.

Um comunicado emitido pela polícia concluiu tratar-se de um "impacto de míssil".

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, prometeu uma resposta sete vezes mais dura ao ataque dos hutis, que são apoiados pelo Irão.

"Quem nos prejudicar receberá sete castigos", afirmou num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Israel já realizou vários ataques contra alvos hutis no Iémen.

O ataque não foi reivindicado de imediato, mas os rebeldes hutis do Iémen, aliados do movimento palestiniano Hamas, reivindicaram a responsabilidade por vários ataques com mísseis e 'drones' em território israelita desde o início da guerra em Gaza.

Os hutis tinham anteriormente reivindicado a responsabilidade pelos disparos contra o aeroporto, mas o exército disse que os tinha intercetado.

Na sexta-feira, afirmaram ter disparado dois mísseis contra Israel, com várias horas de intervalo, que o exército israelita anunciou terem sido intercetados.

O porta-voz militar dos hutis, Yahya Saree, afirmou num vídeo que o grupo tinha como alvo uma instalação militar no centro de Israel com "um míssil balístico hipersónico Palestina 2".

Os rebeldes controlam vastas áreas do Iémen devastado pela guerra, incluindo a capital Sana, a mais de 1.800 quilómetros da fronteira sul de Israel.

Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes a Israel pelo movimento extremista Hamas em 07 de outubro de 2023, os hutis anunciaram ataques alvos israelitas em solidariedade com os palestinianos.

Os rebeldes também atacaram navios que acreditam estar ligados a Israel no Mar Vermelho, uma zona-chave para o tráfego marítimo mundial.

Após uma suspensão de dois meses, os hutis retomaram os ataques contra Israel com o recomeço da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, em 18 de março.

Os Estados Unidos, sob a liderança do Presidente Joe Biden, começaram a atacar as posições dos hutis em janeiro de 2024 para os obrigar a cessar os disparos.

A campanha intensificou-se após o regresso de Donald Trump à presidência, em janeiro, segundo a AFP.

No final de abril, o Pentágono (sede da Defesa dos Estados Unidos) afirmou ter atingido mais de 800 alvos no Iémen desde meados de março, matando centenas de combatentes entre os hutis, incluindo alguns líderes do grupo.

[Notícia atualizada às 10h08]

Leia Também: Ministro das Finanças lidera Iémen após demissão do primeiro-ministro

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