A Capela Sistina é símbolo de arte, religião e momentos de eleição para o líder do Vaticano, este último que decorre desde quarta-feira - ainda sem nenhuma decisão.
Enquanto fiéis - e não fiéis - aguardam novidades sobre o próximo chefe da Igreja Católica, têm sido reveladas várias curiosidades acerca deste mundo.
O local tem tanto de bonito como de misterioso, mais abaixo, deixamos algumas curiosidades sobre o mesmo:
O poema de Michelangelo
Michelangelo não queria pintar o teto da capela quando lhe foi pedido, tendo mesmo tentado recusar o trabalho por, pelo menos, duas vezes. Foi o Papa Júlio II que o encarregou da obra e, perante a inevitabilidade de a ter de levar a cabo, Michelangelo chegou mesmo a queixar-se a um amigo, escrevendo-lhe uma carta.
Na missiva, enviada em 1509, o artista queixava-se de dores físicas, da coluna torta, das cãibras e também da tinta que lhe escorria do rosto (dado que o pintor tinha de 'exercitar-se' a cerca de 18 metros para pintar o teto, não tendo sido a posição mais confortável.)
Mistério da mulher em 'Criação de Adão'
Um dos painéis da capela é a 'Criação de Adão', onde Deus estende a mão para dar vida ao primeiro homem. O que se passa muitas vezes despercebido é a figura feminina ao lado de Deus, que alguns interpretam como Eva, ainda não tendo sido criada. Outros, pensam que pode ser a Virgem Maria, dado que a seu lado tem uma aparente criança, que é interpretada como Jesus.
Michelangelo não é o único artista da capela
Apesar de Michelangelo ser sempre o primeiro a ser lembrado quando se fala na Capela Sistina, outros grandes pintores, como Botticelli e Perugino, decoraram as paredes da capela com cenas bíblicas.
O teto era, originalmente, pintado de azul e lá estavam algumas estrelas.
Em 1564, já décadas após a morte de Michelangelo, a Igreja mandou tapar a zona genital da cena do 'Juízo Final'. Daniel da Volterra foi o artista responsável por tapar a zona pintada a fresco, como toda a restante obra e, já no século XX, parte desta censura foi mantida durante restauros, para que existisse um registo histórico.
A dez mil quilómetros da capela, nascia uma outra obra - hoje conhecida como uma das Sete Maravilhas do mundo. Machu Picchu, no Peru, são obras contemporâneas.
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